#FériasConsciente: Economizar água é preciso

11 de dezembro de 2019 - 15:00 # # #

Marina Filgueiras Ascom SRH Texto

Com o início das férias escolares e o fim do ano se aproximando, economizar e promover ações de reúso de água se tornam fundamentais para evitar crise hídrica intensa. A negligência no consumo consciente de água se torna evidente, ao mesmo tempo em que aumentam as visitas, os banhos, as brincadeiras com água e até mesmo o uso da cozinha.

A mudança de rotina do cearense, principalmente atrelado as altas temperaturas apresentadas no Estado, contribuem para o aumento no consumo de água, o que pode não ter um bom reflexo no futuro. Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o Ceará possui cinco municípios na lista com as maiores temperaturas máximas médias do País no mês de dezembro.

Em momentos assim, a criatividade pode ser colocada em jogo e a economia de água pode ser um ato de responsabilidade que gera retornos positivos para o meio ambiente e para a gestão hídrica do Ceará.

Por que economizar?

A intensa variabilidade climática do Ceará aumenta o desafio do gerenciamento das águas. O prolongado período de seca que o Estado vivencia reforça a necessidade de buscar formas alternativas de economia de água, seja de maneira caseira ou com programas implantados pelo Governo Ceará. Segundo o secretário dos Recursos Hídricos do Ceará, Francisco Teixeira, “gestão de água não é só gerir o recurso hídrico existente, mas está associada à operação, manutenção e economia da estrutura hídrica de forma planejada. Do contrário, há o risco de se ter falta de água”,

Apesar da quadra chuvosa de 2019 ser uma das melhores dos últimos anos, as chuvas que atingiram o Ceará foram irregulares e não aportaram suficientemente os principais reservatórios do Estado. Atualmente o volume armazenado no açude Castanhão é de 210,5 milhões de m³, o que corresponde a 3,14% de sua totalidade. Os açudes Banabuiú e Orós também se encontram em situação parecida, com 6,35% e 5,66% de capacidade respectivamente.

A situação hídrica do segundo semestre é mais delicada, já que existe uma ausência de precipitações. Segundo o diretor de operações da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), Bruno Rebouças, as chuvas do segundo semestre não costumam gerar aporte nos reservatórios cearenses. “Pode ocorrer, sim, em boas precipitações. Mas não é uma regra”, explicou.