250 profissionais de saúde são capacitados para 2ª fase da Pesquisa de Prevalência da Covid-19 em Fortaleza

6 de julho de 2020 - 18:14 # # # # # # # # #

Daniel Araújo - Ascom Sesa - Texto
Carlos Gibaja - Fotos

Cerca de 250 pessoas, entre estudantes de saúde, profissionais da área e de apoio, iniciaram nesta segunda-feira (6) treinamento para a 2ª fase da Pesquisa de Prevalência da Covid-19 em Fortaleza. A capacitação ocorre na sede da Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE), vinculada à Secretaria da Saúde (Sesa), do Governo do Ceará. O treinamento segue até esta terça-feira (7). A aplicação dos testes rápidos e de RT-PCR, que estabelecerão o percentual de pessoas que foram ou estão contaminadas pelo vírus, inicia-se quarta-feira (8).

Os pesquisadores são treinados para a aplicação dos testes, além dos procedimentos de biossegurança. A previsão é que as testagens sigam até o dia 17 de julho. Nessa segunda fase do projeto serão realizados 3.300 testes em 113 bairros, das seis regionais de Fortaleza. Foram sorteados 330 setores censitários da cidade, sendo cada um deles correspondente a um conjunto de quarteirões. Ao todo, o estudo realizará 9,9 mil testagens em moradores da Capital.

Iara Barros está no último semestre do curso de Enfermagem e atuará na pesquisa. Ela viu no projeto uma oportunidade de somar com as ações de saúde do Estado. “É muito importante que outras pessoas estejam alertas sobre os sintomas da doença. Esses levantamentos que faremos, junto às análises de casos assintomáticos, são relevantes porque são alguns dos principais agentes de transmissão”, diz.

A estudante integrará uma das equipes – compostas por dois profissionais da saúde, uma pessoa de apoio e um agente comunitário de saúde. Como medida de segurança, todos os profissionais estarão portando crachás, equipamentos de proteção individual (EPIs) e adotando os protocolos recomendados pelos órgãos de saúde a fim de não expor a população e os profissionais ao risco de contágio.

Além de estimar o percentual de pessoas com anticorpos para o Sars-Cov-2, a pesquisa levantará o percentual de fortalezenses com infecção ativa do vírus. Ela traçará a estimativa do percentual de infecções assintomáticas ou subclínicas; obterá cálculos mais precisos da letalidade da doença; e analisará a velocidade de expansão da infecção ao longo do tempo.

O diretor do Instituto Opnus de Pesquisa, Pedro Barbosa, destaca a importância da pesquisa enquanto instrumento que tem trazido informações relevantes e subsidiado as autoridades de saúde e do Governo no desenvolvimento de estratégias de prevenção e enfrentamento à Covid-19 no Estado. “Para essa segunda fase, o estudo virá ainda mais completo, porque, além do teste rápido, nós faremos o teste RT-PCR e, a partir dai, poderemos estimar o percentual de fortalezenses infectados e que já desenvolveram anticorpos”, reforça.

Testagens

O teste rápido detecta a presença de anticorpos para o novo coronavírus. O resultado fica pronto em 15 minutos, após uma simples picada na ponta do dedo para a coleta de uma gota de sangue. Enquanto isso, os pesquisadores aplicam um questionário com informações sobre sexo, idade, escolaridade, condições de saúde e possíveis sintomas que o morador tenha sentido recentemente.

Já o RT-PCR é o teste de biologia molecular, que detecta a presença do vírus no paciente. Trata-se da coleta de amostras de secreção do fundo do nariz por meio da introdução de um swab (cotonete). As amostras para o RT-PCR não têm resultado imediato. Elas são encaminhadas ao Lacen para análise e os resultados ficam prontos após alguns dias.

Parcerias

Iniciado em junho desse ano, a Pesquisa de Prevalência da Covid-19 ocorre por meio de parceria entre a Sesa, da Secretaria de Saúde de Fortaleza (SMS), Instituto Opnus de Pesquisa e com financiamento da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).