Terceira edição do Curso de Intervenção Rápida em Recinto Carcerário forma 20 novos interventores

24 de novembro de 2020 - 15:50 # # #

Ascom SAP

Além de policiais do sistema prisional cearense, representantes do Batalhão de Polícia de Choque da Polícia Militar e também de outros estados lograram êxito no curso. 182 realizaram a inscrição, 86 foram aprovados Teste de Aptidão Física (TAF), mas apenas 20 resistiram e conseguiram aprovação. Além da resistência física, o controle psicológico é uma das principais forças para a conquista do objetivo.

“Quem quer faz”, a fase do secretário da Administração Penitenciária Mauro Albuquerque ilustrou os parabéns do gestor da SAP aos servidores. “Ser interventor é usar a cabeça. O corpo é para colocar a estratégia em ação. Nós estamos aqui para fazer a diferença. Não existe super homem, mas sim um homem preparado. A nossa postura faz toda a diferença. E foi isso que vocês viram no curso, sentiram, resistiram e agora são servidores prontos para proteger ainda mais a sociedade”, exaltou.

Coordenador do CIRRC, o secretário executivo de planejamento e gestão interna, Maiquel Mendes, agradeceu a grande parceria das forças de seguranças do Estado que auxiliaram para a realização do Curso de Intervenção e reiterou sobre a mudança que os policiais sofreram durante os 20 dias. “A multiplicação de conhecimento é um dos grandes pilares desse curso. Outra é a transformação que cada um passa, uma mudança necessária para valorizar ainda mais a família. Vocês voltam melhores filhos, pais, esposos, melhores pessoas e profissionais. É uma reconstrução de personalidade”, enfatiza.

Os escolhidos

O CIRRC é um grande marco no sistema penitenciário do Brasil. Servidores de outros estados buscam a qualificação e levam mais conhecimento para a sua unidade federativa. Enéas Nunes é um dos exemplos. O servidor do Piauí realizou a inscrição pela primeira vez e conseguiu superar a distância de casa e finalizar a missão com sucesso. “Eu me preparei para realizar o Curso. O grande desafio é o psicológico, como superar a distância de casa e dos familiares. Mas com foco é possível conseguir e o físico se torna apenas mais um detalhe. É nesses momentos que aprendemos quais são os verdadeiros valores”, afirma.

Com a saudade da filha recém-nascida, Alisson Andrade do Centro de Execução Penal e Integração Social Vasco Damasceno Weyne (CEPIS) conseguiu realizar o CIRRC na segunda tentativa. “Na primeira vez desisti no 4º dia com problema muscular. Mas com a força da minha família e a união da equipe consegui chegar até o fim nesse ano. Estou feliz de ter concluído essa etapa e agora vou curtir a família que cresceu recentemente”, comemora.

O Batalhão de Choque da Polícia Militar também esteve presente no CIRRC com dois representantes. O cabo Paulo Alberto é um dos representantes que concluíram o CIRRC e fala do conhecimento adquirido. “A minha sensação é de um conhecimento ainda mais amplo. Pois são muitas variações e qualificações que me ajudam a ser um melhor servidor público. É um serviço diferenciado o do policial penal. E o curso em si mostrou que a união da equipe é muito importante para a conclusão”, relata.

Do outro lado, a namorada Rafaela Bezerra falou dos momentos de ansiedade que viveu na espera do fim da missão. “São 10 anos dele no serviço de força de segurança. Foi muito difícil, mas quando recebemos a mensagem que ele concluiu, valeu todo o nervosismo e angústia. A felicidade é grande”, define.