Ciops e seus 22 anos de história: integração e dedicação a serviço da população cearense

22 de janeiro de 2021 - 16:28 # # # # #

Aline Freires - Ascom SSPDS - Texto
Davi Pinheiro e Cícero Oliveira - Fotos

A Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança iniciou as atividades no dia 22 de janeiro de 1999. Atualmente, são mais de 23 mil ligações diárias

Quando se fala da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), comumente as pessoas vão se lembrar do telefone 190, o conhecido “número da polícia”. Mas o que há por trás desses três dígitos é uma importante estrutura que compõe a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e que é regida sobre os pilares da integração.Com 22 anos completados nesta sexta-feira, dia 22 de janeiro, a Ciops traz consigo um leque de serviços e profissionais comprometidos com um único objetivo: a segurança de todos os cearenses.

Apesar de sua criação ser datada do dia 12 de agosto de 1998, pelo Decreto Estadual de n° 25.133, como parte integrante da SSPDS, a Ciops só foi inaugurada oficialmente no dia 22 de janeiro de 1999.Hoje ela é composta pelos núcleos de Teleatendimento, de Despacho, de Videomonitoramento, de Estatística e de Comunicação. No total, são mais de 23 mil ligações diárias e 12 órgãos integrados nas sedes situadas em Fortaleza. Há também duas células que funcionam nos municípios de Juazeiro do Norte e Sobral.

“Estamos hoje celebrando essa data muito importante, uma data em que a Ciops comemora 22 anos de existência. Uma coordenadoria que desempenha um papel fundamental no sistema de segurança pública do Estado, por ser justamente o órgão encarregado de fazer a integração entre todas as forças. É importante destacar aqui, nesse aniversário da Ciops, que ela vem desempenhando de forma muito eficiente e efetiva esse papel de integração, coordenando as ações 24 horas por dia, sete dias por semana, a atuação de combate ao crime no Estado do Ceará. Parabéns à Ciops, parabéns ao seu coordenador, coronel Aristóteles, e parabéns a todos aqueles que labutam diariamente na Ciops”, disse o secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, em homenagem aos profissionais que fazem a Ciops.

Uma das primeiras pessoas a compor o quadro de servidores da Coordenadoria foi o 1° sargento da Polícia Militar do Ceará (PMCE) José Márcio. Hoje ele atua no despacho de ocorrências para as viaturas que estão nas ruas. Ele conta que começou a trabalhar na função quando ainda nem existia a Ciops. Ou seja, quando as ocorrências ainda eram repassadas por meio do Copom (Centro de Operações Militares) da Polícia Militar do Ceará (PMCE), que ficava na sede do 5º Batalhão, no Centro de Fortaleza.

“Estou aqui desde a era do Copom, quando este saiu do 5° Batalhão e veio para cá. Ou seja, há 22 anos. Para mim, é gratificante estar aqui e poder ajudar as pessoas que estão lá na ponta, precisando da Polícia Militar, como também os nossos companheiros que estão nas viaturas atendendo toda a demanda que chega aqui para nós. Para mim, é uma gratificação muito grande. Me sinto feliz e satisfeito”, ressaltou o sargento.

Outro profissional que está desde o início da Ciops é o monitor de atendimento, Ricardo Peixoto. Ele conta que o dia a dia doNúcleo de Teleatendimento da Coordenadoria não é monótono. “Aqui, todos os dias, acontecem situações diferentes. Nunca é a mesma rotina. Em algumas ocorrências, nós sentimos a tensão e sempre acompanhamos para que tudo termine bem. Porque uma preocupação que nós temos é de fazer uma ocorrência perfeita, porque as equipes que estão lá fora vão se basear nos dados daqui. Por exemplo, em casos que sabemos que a viatura abordou um veículo roubado e que o cidadão está seguro, é algo muito gratificante”, disse.

Quando perguntado sobre algum momento que o marcou durante esses 22 anos atuando no teleatendimento da Ciops, ele se lembra do acidente envolvendo uma aeronave da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) no ano de 2005, quando o major PMCE Lindemberg Antônio Austregésilo de Andrade; a major do Corpo de Bombeiros, Rosana Busson Cavalcante; e o soldado PM Roberto Pacheco da Costa faleceram. ”Um dos momentos mais delicados foi quando houve a queda da aeronave da Ciopaer, quando alguns militares faleceram. Alguns deles nós conhecíamos, então, você saber que são pessoas que você conhecia, sentir na pele ali o andamento da ocorrência, foi algo muito difícil”, lembra.

A Ciops e tecnologia

Com investimentos feitos pelo Governo do Estado do Ceará, a Ciops hoje conta com o sistema de videomonitoramento. Em todo o Estado, são mais de 3.300 câmeras que auxiliam no trabalho ostensivo e preventivo. Além disso, a ferramenta tem sido fundamental na realização de cercos inteligentes realizados por intermédio dos operadores da Ciops, que repassam todas as orientações aos policiais militares nas ruas, e tem suas ações acompanhadas por meio de câmeras e também de uma inteligência artificial aplicada ao sistema.

“O diferencial muito grande da Ciops foi a ampliação da tecnologia. No início, nós tínhamos apenas quatro câmeras que monitoravam somente uma parte da Avenida Beira Mar. Chegamos nesses 22 anos ao número de mais de 3.300 câmeras espalhadas por Fortaleza, Região Metropolitana e algumas cidades do interior, todas gerenciadas por nós aqui dentro. Hoje a Ciops não é somente o atendimento de ocorrências, nós temos algo a mais. Ou seja, nós ajudamos também nas investigações e temos todos esse monitoramento de pessoas e de logradouros, bem como outras ferramentas que auxiliam a segurança pública”, destacou o coronel Aristóteles Coelho, que hoje coordena a Ciops.