Obras de dragagem do Rio Cocó seguem avançando

4 de março de 2021 - 13:55 # #

Ascom Sema - Texto e Foto

As obras de dragagem do Rio Cocó estão avançando. “Foi concluído o Trecho 01 entre a Avenida Paulino Rocha e a BR 116”, informa o articulador de Unidades de Conservação (UCs) estaduais, Leonardo Borralho, da Secretaria do Meio Ambiente (Sema). Juntamente com a coordenadora, Doris Santos, da Coordenadoria de Biodiversidade (Cobio/Sema), ele visitou a obra. “O trabalho cobriu uma área de 3.960 metros quadrados de extensão com largura de 20 metros e removeu um volume de 155 mil m3 de material”, completa.

De acordo com Doris, a atividade já está próxima da Área Adahil Barreto, do Parque Estadual do Cocó (PEC). “Alguns trechos terminaram, mas o percurso como um todo, ainda não está finalizado”, disse. No 03, por exemplo, entre a Murilo Borges e o Canal do Tauape, a remoção de detritos está em execução. “Ali, já foram dragados 26mil m3 de resíduos”, informa. A extensão nessa área é de 510m e a largura é 50m de uma margem a outra, e entre as pontes da Raul Barbosa e da Engenheiro Santana Jr., numa extensão de 2.400m, está sendo executada a remoção de aguapés. “De maneira sucinta, o processo consiste na remoção de material – sedimento e restos vegetais (árvores caídas, tronco, galhos) – presente no leito do rio”, explicou.

O Trecho 02, que ainda será executado, também tem como objetivo a remoção de aguapés entre a Avenida Murilo Borges e BR116, numa extensão de 2.120m. Segundo os técnicos da Cobio/Sema, abaixo da ponte da Santana Jr. tem uma antiga estrutura que será demolida, com uso de escavadeira sobre balsa, equipada com rompedor hidráulico de alto desempenho. A máquina está quase chegando lá, onde vai tirar não só os sedimentos, aguapés e capins que deverão ser destinados adequadamente e no caso de orgânicos/biodegradáveis (aguapés) podem ser colocados nas margens do rio nos locais distantes de comunidades. “O material da escavação é transportado em caminhões até o bota fora licenciado”, explica Borralho. A predominância de resíduos sólidos são plásticos e pneus.

A execução das obras de dragagem e limpeza do Rio Cocó tem entre seus objetivos, a melhoria da qualidade da água, além da valorização do espaço urbano pela recuperação ambiental do entorno, buscando resgatar o rio ao lazer da população de Fortaleza. Orçada no valor de R$ 15.506.585,46, com prazo para conclusão até o final de 2021, a obra está sendo executada pela Secretaria das Cidades, por meio do Consórcio Lomacon/ Morais Vasconcelos/Dratec.

Pacto pelo Cocó

“De acordo com o documento Pacto pelo Cocó, a coordenação dos trabalhos é do Gabinete do Governo do Estado, tendo a Sema como responsável técnica”, afirmou Borralho. O Pacto é uma articulação que envolve instituições públicas, privadas e a sociedade civil organizada e tem como proposta recuperar o rio Coco, restaurando a navegabilidade do mesmo e buscando parâmetros recomendáveis de qualidade da água, bem como a manutenção de suas funções ecológicas e conservação de sua biodiversidade associada.

Segundo o Secretário Artur Bruno, titular da Sema, é uma tarefa hercúlea, mas “a utopia é tornar o rio balneável em todos os seus trechos”. O Cocó é um dos principais cursos d’água em termos de extensão, da capital cearense. Com percurso de 50 km, nasce na vertente oriental da Serra da Aratanha e sai atravessando os municípios de Pacatuba, Maracanaú, Itaitinga e Fortaleza. O rio corta o Parque Estadual do Cocó e ao longo do mesmo, as suas margens e entornos refletem cenários diversos, e onde a interferência antrópica pode ser observada na qualidade de suas águas, na ocupação de suas margens e na ausência de cobertura vegetal na extensão do que deveria ser sua área de Preservação Permanente (APP).