Cineteatro São Luiz realiza, nos dias 27 e 28, “Colóquios de Dança – Temas para o Tempo Presente”

22 de abril de 2021 - 10:01 # # # # #

Elídia Vidal - Ascom do Cineteatro São Luiz - Texto

O dia 29 de Abril é celebrado mundialmente como o Dia Internacional da Dança. Esta celebração foi introduzida em 1982 pelo Comitê internacional de Dança da Unesco e homenageia a data de nascimento do célebre mestre e coreógrafo francês Jean Georges Noverre (1727- 1810). Em 2021, as comemorações foram repensadas à luz da realidade, não esquecendo das dimensões políticas e poéticas que sempre estiveram presentes nos eventos e ações da efeméride, o Cineteatro São Luiz, em parceria com a equipe técnica de dança da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), propõe a programação “Colóquios de Dança – Temas para o Tempo Presente” nos dias 27 e 28 de abril. A programação terá acessibilidade com intérprete de Libras.

No dia 27 de abril, às 18h, será realizada uma mesa redonda com o tema “Formação em Dança e Negritude: Percursos e Percalços”. A conversa ao vivo partirá das trajetórias de quatro personalidades relevantes da dança local e nacional, propondo uma discussão que tangencie alguns aspectos problemáticos presentes nos processos formativos em dança, tais como racismo, a exclusão de referências afro-brasileiras, a hegemonia de matrizes estéticas eurocêntricas, entre outros tópicos. Os participantes da conversa serão Gerson Moreno, Janahína Cavalcante, Matias Santiago e Rui Moreira, com mediação de Ernesto Gadelha.

No dia 28, às 18h, em parceria com o “dança em foco – Festival Internacional de Vídeo & Dança”, o São Luiz apresenta uma seleção de 11 vídeos com trabalhos artísticos nacionais e internacionais que integraram o festival em 2020 e abrirão as discussões do colóquio do dia, com o tema “Dança, Câmera e Pandemia: Desdobramentos Éticos e Poéticos”. Os trabalhos são os seguintes: ”Notas de Movimiento”, “Murmullos”, “Tormetango”, “Monochrome Trilogy / BLACK”, “Tabula Rasa”, “Floor Falls”, “Tela”, “Pleno Vazio”, “Casulo”, “Pássaros” e “Wuuac”.

Ainda no dia 28, às 19h, após a exibição das videodanças, uma mesa redonda intitulada “Dança, Câmera e Pandemia: desdobramentos éticos e poéticos” discutirá sobre diferentes formatos de produção em dança para a câmera, bem como os desdobramentos estéticos, éticos e poéticos na criação em dança, resultantes do longo período de confinamento durante a pandemia. Os participantes do colóquio do dia serão Alexandre Veras, Daniela Guimarães e Paulo Caldas com mediação de Ernesto Gadelha.

Sobre os participantes dos colóquios

Ernesto Gadelha atuou como bailarino profissional no Brasil, Holanda e Alemanha. É diplomado em Pedagogia da Dança pelo Instituto de Danças Cênicas de Colônia, graduado em Licenciatura em Dança pela Universidade Federal do Ceará, pós-graduado em Dança Contemporânea pela Folkwang Hochschule (Essen – Alemanha) e mestrando no Programa de Pós-graduação da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará. Atua como professor de dança há mais de 25 anos, tendo ministrado aulas em diferentes países, para universidades, companhias, teatros, estúdios e projetos de dança. Paralelamente à sua carreira como docente, atua como pesquisador, gestor, artista e curador na área de dança. Atualmente coordena a Coordenadoria de Conhecimento e Formação da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, onde, como servidor, exerce também a função de analista de cultura/dança.

Gerson Moreno é artista de dança, educador, multimídia, artivista interiorano atuante no Ceará há 30 anos. Desenvolve processos coletivos de pesquisAção em danças ancestrais de matrizes negras, indígenas e periféricas, bem como suas implicações na contemporaneidade. É formado pelo Colégio de Dança do Ceará, graduado em pedagogia pela Faculdade de Educação de Itapipoca (FACEDI/UECE) com especialização em Educação Biocêntrica e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC) onde investigou a temática: “Processos de aprendizagem e criação em danças afroancestrais: proposições pedagógicas e modos de fazer” em confluência com o conceito de “Pretagogia”. Atualmente é diretor da Cia Balé Baião, coordenador pedagógico da Escola Livre Balé Baião em Itapipoca CE e curador/produtor do Festival de Dança do Litoral Oeste.

Janahína Cavalcante é cearense, artista da dança, bailarina e professora. As experiências na Dança perpassam pela educação: ensino e gestão, assistência de produção e gestão cultural. Tem especialização em dança e graduação em pedagogia e dança pela Universidade Federal da Bahia UFBA. Atualmente Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Dança UFBA e ocupa o cargo de Coordenação de Dança do Estado – Diretoria das Artes/Fundação cultura do Estado da Bahia (FUNCEB).

 

Matias Santiago é professor, bailarino, coreógrafo e gestor cultural. Exerce atividade didática nas áreas da arte e educação, pensando o corpo e suas variantes de movimento na dança. Atualmente é Mestre em Dança pelo PPGDança-UFBA, Professor do curso de licenciatura em Dança na modalidade à distância da UFBA, Diretor Artístico do Balé Jovem de Salvador e Doutorando pelo PPGDança-UFBA, sob a orientação da Prof. Dra. Lúcia Helena Alfredi de Matos.

 

Rui Moreira, artista da dança, é ativista pelo direito de fruição e amplitude social da cultura das artes. Investigador de culturas da diáspora negra africana, foi curador e diretor do Festival Internacional de Arte Negra de Belo Horizonte. É idealizador e realizador dos encontros da Rede Terreiro Contemporâneo de Danças, espaço onde se discute ações afirmativas continuadas que resultem na criação de circuitos de eventos para apreciação e reflexão sobre as consequências sociais, políticas e estéticas em torno das experiências artísticas no universo das danças afro orientadas contemporâneas, tradicionais e patrimoniais. Graduando do curso de Licenciatura em Dança da UFRGS – Porto Alegre.

Alexandre Veras é realizador de vídeo e diretor do Alpendre, onde desenvolveu nos últimos nove anos extensa atividade como curador e coordenador de mostras, exposições, seminários, cursos e o projeto NoAr, de formação em vídeo. Nos últimos anos têm ministrado uma série de oficinas de videodança. Desenvolve pesquisas em vídeo-arte, videodança, imagens projetadas e vídeo-instalações. Fez parte da comissão de seleção do Rumos Cinema e Vídeo, do DOCTV I, foi curador da Mostravideo Itaú em junho de 2008. Já produziu dez videodanças entre outros trabalhos com vídeo. Em 2007 participou do livro Vídeodança, editado pelo DançaEmFoco. Em 2007/08 participou do prêmio Funarte Conexão com o projeto Circuito Intensivo e ganhou a bolsa de incentivo a produção do Prêmio Sérgio Mota. Desde 2008 é diretor artístico do “Terceira Margem”, encontro de imagem e corpo, ligado à Bienal Internacional de Dança do Ceará e é diretor do programa de TV homônimo dedicado à videodança.

Daniela Guimarães é artista, bailarina e cineasta. Professora da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e do PPGDANÇA/UFBA e do PRODAN-Programa de Mestrado Profissional em Dança. Coordenadora de Ações Artístico-Acadêmicas da Escola de Dança UFBA (2020). Líder (2018) do Grupo de Pesquisa CORPOLUMEN: Redes de estudos de corpo, imagem e criação em Dança (UFBA), responsável pelas linhas Improvisação Cênica em tempo-real e Criação Fílmica: relações entre Dança, Fotografia, Cinema e Vídeo. Em 2019, foi convidada para duas importantes residências artísticas para estudos de criação: em Westmore Farm com Lisa Nelson e Steve Paxton em Julho 2020 – Vermont (EUA) e no Pina Bausch TanzTheater em Outubro/2020 – Wuppertall (Alemanha).

Paulo Caldas é diretor e coreógrafo, graduado em Filosofia e formado em Dança Contemporânea pela Escola Angel Vianna. É doutor em Educação e, atualmente, professor dos cursos de Dança da Universidade Federal do Ceará. Sua premiada produção artística envolve espetáculos, instalações e videodanças e já foi apresentada em diversos festivais no Brasil e no exterior. Co-organizou livros pioneiros sobre videodança e dramaturgia da dança e é diretor artístico do Dança em Foco – Festival Internacional de Vídeo & Dança.

Serviço

Onde: no Canal de Youtube do Cineteatro São Luiz 

Dia 27/04 (terça)

18h [Colóquios de Dança – Temas para o Tempo Presente] “Formação em Dança e negritude: percursos e percalços”

Participantes: Gerson Moreno, Janahína Cavalcante, Matias Santiago e Rui Moreira
Mediação: Ernesto Gadelha
Classificação: Livre
Duração: 120 min
Acessibilidade: Intérprete de Libras
Dia 28/04 (quarta)

18h [Mostra Dança em Foco]

19h [Colóquios de Dança – Temas Para o Tempo Presente] “Dança, Câmera e Pandemia: Desdobramentos Éticos e Poéticos

Participantes: Alexandre Veras, Daniela Guimarães e Paulo Caldas
Mediação: Ernesto Gadelha
Classificação: Livre
Duração: 120 min
Acessibilidade: Intérprete de Libras