Uece contratará profissionais especializados para fortalecer plano de acessibilidade

21 de maio de 2021 - 17:14 # # # # # # #

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Ascom Casa Civil - Foto

Comprometida com a construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades iguais para todos, a Universidade Estadual do Ceará (Uece) está preparando processo licitatório para contratação de empresa terceirizada que forneça profissionais especializados para fortalecer o plano institucional de inclusão das pessoas com deficiência (PcD). Ao todo, serão contratados 39 profissionais por meio de empresa terceirizada e sob a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). As vagas estão divididas entre as áreas de Audiodescrição (3), Interpretação e Libras (24) e Auxiliares Administrativos (12), estes últimos para a tarefa de acompanhante/mediador, cuja finalidade será atender os alunos dos cursos de graduação com deficiência que necessitem desse serviço. Serão contemplados todos os campi da Uece: Limoeiro do Norte, Quixadá, Iguatu, Crateús, Tauá, Mombaça, Itapipoca, Fortaleza/Itaperi e Fortaleza/Fátima.

“A Uece, que tem como um de seus pilares o compromisso com a cidadania, vem se empenhando em promover a acessibilidade e a inclusão das pessoas com deficiência como direito universal a todos os indivíduos, independentemente de suas características físicas, sensoriais e intelectuais, conforme postula nossa Constituição Federal, em seu artigo 208, sobre o dever do Estado com a educação”, destaca a assessora de Acessibilidade e Inclusão da Uece, professora Marisa Aderaldo.

De acordo a professora, a Uece tem recebido um número crescente de estudantes com os mais diversos tipos de deficiência, seja auditiva, seja visual, física ou intelectual, exigindo da Universidade estratégias de apoio e de acolhimento desses alunos para que eles consigam desenvolver suas aptidões em igualdade de condições com os demais. Atualmente, são 103 estudantes com baixa visão ou cegueira, 5 estudantes com deficiência intelectual, 1 com deficiências múltiplas e 18 com deficiência auditiva. Assim, a contratação de mão de obra especializada é necessária para garantir o acompanhamento específico de que muitos desses alunos necessitam.

“Na última década, o movimento pela inclusão socioeducacional de alunos com deficiência ganhou reforço ao alcançar a Educação Superior que, a exemplo do que vinha ocorrendo com a Educação Básica, viu-se diante de um cenário de urgentes mudanças. O ingresso desses estudantes com deficiência sempre existiu. Entretanto, a aprovação da Lei de Cotas, inicialmente em âmbito federal, seguida da Lei de Cotas para IES no Estado do Ceará (Lei n.º 16.197, de 17.01.2017) trouxe novas perspectivas e novos desafios, que vão da adequação arquitetônica à adequação acadêmica e pedagógica, cobrando preparo dos professores, dos servidores e de toda a comunidade unida em prol do bem comum”, destaca a assessora de Acessibilidade e Inclusão da Uece, professora Marisa Aderaldo.

Permanência

A professora Marisa Aderaldo ressalta que, além de receber os estudantes com deficiência, a Universidade precisa estar atenta às necessidades desses estudantes e atuar para que eles consigam permanecer nos cursos e superar os desafios existentes, desde questões relativas à estrutura física dos locais de ensino, até a mudança de perspectiva das pessoas que formam o corpo da instituição. A permanência exitosa requer a eliminação de vários tipos de barreiras, sendo essencial promover, antes de tudo, a eliminação das barreiras atitudinais, que, por estarem, muitas vezes, fundadas em preconceitos ou em estereótipos, produzem a discriminação e a exclusão social, cultural e educacional dessas pessoas”, diz.

Momento histórico

Para a professora Marisa Aderaldo, a contratação de um amplo quadro técnico para atender às demandas das pessoas com deficiência é um momento histórico a celebrar. “A tão esperada chegada desses profissionais reforça a convicção da atual gestão de que temos uma dívida histórica para com as pessoas com deficiência e de que a educação de qualidade passa pelo ensino para todos, sem nenhuma forma de exclusão. Muito mais do que um projeto institucional, a inclusão deve ser um princípio assumido entre todos os agentes do entorno escolar (docentes, servidores, colegas, comunidade)”, reforça.