Como a Residência de Mastologia do HGF se reinventou durante a pandemia de Covid-19

17 de junho de 2021 - 12:41 # # # # # # #

Felipe Martins - Ascom HGF - Texto
Arquivo Pessoal - Fotos

Encontros online deram mais dinamicidade e abriram novas possibilidades às reuniões do Serviço de Mastologia

Quando a Covid-19 chegou ao Ceará e os atendimentos ambulatoriais tiveram de ser paralisados no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), mais um desafio foi posto aos programas de residências profissionais da unidade: como manter a qualidade do ensino sem os encontros presenciais? O que parecia uma barreira tornou-se oportunidade para o Serviço de Mastologia do hospital.

As reuniões científicas semanais do grupo, que aconteciam todas as terças-feiras à noite na própria unidade, tiveram de ser adaptadas para plataformas digitais de videoconferência. “Hoje pode parecer algo óbvio e pouco interessante, mas no início da pandemia foi uma solução genial”, relembra o chefe do Serviço de Mastologia do HGF, Ricardo Montefusco. Isso porque, garante o médico, o resultado superou muito as expectativas de todo o corpo residente, trazendo possibilidades antes sequer consideradas.

Entre os principais ganhos citados por Montefusco está o aumento da presença geral dos profissionais nas aulas. “Antes, tínhamos que nos deslocar para o hospital à noite, muitas vezes saindo tarde. Hoje, de qualquer lugar do planeta ficou possível participar”, diz.

A facilidade de acesso abriu fronteiras também para médicos especialistas de outros serviços e até de outras unidades participarem dos debates. “Atualmente, convidamos os mais renomados especialistas em Mastologia do País para ministrarem aulas magnas ou discutirem casos conosco”, afirma Montefusco.

Para a médica residente de Mastologia do HGF, Ticiane Ponciano, as aulas à distância não perdem em nada para as presenciais. Pelo contrário, a participação de especialistas de outras instituições nas aulas, ressalta a jovem, tem sido um grande agregador à sua formação profissional. “Eles se aprofundam em assuntos que são de domínio deles, acrescentando muita informação para nós”, pontua.

Da esquerda para direita: Elvis Barbosa, coordenador da Residência Médica em Mastologia do HGF; Tallita Moniele, ex-residente de Mastologia do HGF; Ricardo Montefusco, chefe do Serviço de Mastologia do HGF; e Túlio Osterne, chefe de Ambulatórios do HGF (imagem anterior à pandemia de Covid-19)

Próximos passos para 2021

De acordo com Montefusco, são raros os hospitais do País que possuem reuniões científicas de Mastologia com o porte das que acontecem semanalmente no HGF. “Um verdadeiro sonho”, reforça o chefe do Serviço.

A proposta ainda para este ano é a presença de convidados internacionais para enriquecer ainda mais os encontros, garante o médico. “Tudo isso tem sido possível graças à capacidade de enfrentar as adversidades que o HGF e todo o seu quadro funcional apresenta, liderados por uma diretoria onde desistir não é uma opção”, destaca, ressaltando o apoio recebido pela gestão do hospital.