Serviço de Obstetrícia do HRN estimula e orienta sobre o parto adequado

6 de julho de 2021 - 16:43 # # # # # # #

Teresa Fernandes - Ascom HRN

Por ter diabetes gestacional, a agente de saúde Rosilene Souza, de 35 anos, tinha optado pelo parto cesárea antes de chegar ao HRN, mas o parto vaginal foi o recomendado pelo obstetra

A escolha do parto mais adequado para cada gestação leva em consideração critérios médicos como a saúde da mãe e a do bebê. No Hospital Regional Norte (HRN), da Secretaria da Saúde do Ceará, o estímulo ao parto vaginal ocorre como forma de favorecer uma recuperação mais rápida da mulher com menos risco de sangramento intraparto e pós-parto, além de menor ameaça ao sistema respiratório para o bebê.

A cesariana sem indicação médica pode causar riscos desnecessários à saúde da mulher e do bebê, aumentando em até 120 vezes a probabilidade de alterações respiratórias para o recém-nascido e triplicando o risco de morte da mãe, segundo dados da Agência Nacional de Saúde (ANS).

A coordenadora médica da Obstetrícia do HRN, Eveline Valeriano Moura Linhares, explica que vários são os fatores positivos para o parto vaginal. “O parto vaginal é mais fisiológico. Isso já traz mais benefícios para mãe e a criança, já que não tem uma intervenção cirúrgica. Há uma melhor interação entre mãe e bebê”, ressalta. “Existe um menor estresse do recém-nascido. Também favorece o início do aleitamento, melhora a estabilidade respiratória da criança, entre outros benefícios”, continua a médica.

Além disso, para a mulher, a recuperação após o parto vaginal é mais rápida. As gestantes jovens, principalmente, devem ser incentivadas a preferir o parto vaginal, se possível, já que as cesarianas sucessivas aumentam risco de complicações e podem provocar dor pélvica crônica.

Segundo Linhares, o hospital tem desenvolvido novas estratégias para aumentar as taxas de parto vaginal, conscientizando as futuras mamães atendidas pelo serviço sobre os riscos de uma cirurgia e os benefícios do método. Entre eles, estão as visitas guiadas ao Centro de Parto Normal do HRN, que dispõe de uma estrutura moderna e uma equipe de enfermeiros obstetras, médicos obstetras e técnicos de enfermagem para oferecer atendimento humanizado e acolhedor para as mães que optarem e tiverem recomendação para parto vaginal.

Indução ao parto vaginal

Quando a mulher não entra em trabalho de parto naturalmente, pode ser realizada a indução, que ocorre por um método farmacológico com a introdução de uma medicação vaginal e, assim, desencadear o trabalho de parto. A coordenadora de Enfermagem da Obstetrícia do HRN, Larissa Cunha, afirma que a indução ao parto vaginal é realizada com segurança após avaliação do perfil clínico de cada gestante. “Queremos evitar uma cesárea precoce naquelas mulheres que terão o primeiro filho”, pontua.

A agente de saúde Francisca Rosilene Mota de Souza, de 35 anos, tinha optado pelo parto cesárea por ter diabetes gestacional e ter pensado em fazer uma laqueadura. No entanto, ao chegar à maternidade do HRN, o obstetra a avaliou e explicou os benefícios do parto vaginal. “O parto vaginal é bem melhor para recuperação da mulher, o risco é menor. Eu vi que era a melhor opção depois que o médico me explicou”, lembra.

Antonia da Silva Soares Sousa, de 40, é mãe de quatro filhos. Os três primeiros foram partos vaginais – ela chegou a realizar indução. No entanto, em virtude da idade, de um problema cardíaco e de hipertensão gestacional, a dona de casa precisou passar por um parto cesárea para o nascimento de Laís, sua filha mais nova. “Importante que aqui no HRN os médicos explicam o que é o melhor para o nosso caso”.