SSPDS e Supesp fazem entrega de 1.227 livros na Granja Lisboa

12 de julho de 2021 - 12:19 # # # #

Ascom Supesp - Texto e Fotos

Após 30 dias de arrecadação de livros, a campanha LER promovida pela Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp) realizou, na tarde desta sexta-feira (9), às 16h30min, a entrega de 1.227 livros para uma comunidade do bairro Granja Lisboa, em Fortaleza. A campanha da instituição vinculada à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) aconteceu por ocasião do aniversário de três anos, ocorrido em 22 de maio último. Os livros vão abastecer uma biblioteca comunitária e o projeto Periferia que Lê, que há cerca de dois anos promove o incentivo à leitura através da troca de títulos em geladeiras que ficam em pontos estratégicos do bairro.

A solenidade de entrega contou com a presença do secretário da Segurança Pública e Defesa Social, Sandro Caron, do superintendente da Supesp, Dr. Helano Matos, de lideranças da Associação Cultural Santa Terezinha do Menino Jesus, beneficiada pela doação dos livros, e do idealizador do Periferia que Lê, Marcos de Sá.

O gestor da SSPDS, Sandro Caron, ressaltou a felicidade de participar da campanha e reforçou o compromisso com a população. “É um grande prazer estar aqui. Confesso que quando eu entrei e vi exatamente a biblioteca sendo montada através do trabalho dos colegas e da iniciativa de poder colaborar para que isso acontecesse, fui tomado por uma verdadeira emoção. É incrível o sentimento de realização que tenho em saber que de alguma forma conseguimos ajudar um projeto tão importante como o “Periferia que Lê”. Reforço nosso compromisso, não só com a segurança, mas também em realizar outras campanhas, pois acredito que para resolver os problemas da segurança pública é preciso de uma solução a longo prazo e, isso, passa, sim, pela educação. A Polícia resolve e ameniza o problema, mas é preciso também educação de qualidade, acesso à saúde e cultura e outras oportunidades de medidas sociais”, finalizou ele.

A campanha contou com uma grande participação de colaboradores de instituições vinculadas à SSPDS, como a Polícia Militar do Ceará (PMCE) e a Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (Aesp); da Casa Civil; da própria Supesp; além de empresas, doadores anônimos e instituições beneficentes, como o clube Lions.

“A iniciativa da Supesp foi muito importante e contou com uma adesão significativa de várias pessoas, mostrando a sensibilização para um tema tão importante que é o acesso à cultura, ao conhecimento pela leitura. A nossa meta inicial era de 500 livros e alcançamos mais do que o dobro”, comemorou Helano Matos, superintendente da Supesp.

O gestor aproveitou e contou um pouco da sua história durante a entrega dos livros.

“Eu sou cearense e vim da periferia. Eu sou da Vila União. Eu me lembro muito bem de que meu pai só dizia uma coisa: ‘meu filho, eu não tenho dinheiro para lhe dar, eu só tenho uma coisa: educação. O único caminho que tem para você se salvar é a educação. Ou você vai para a escola ou vai trabalhar. É o único jeito que você tem’. Com isso, fico muito feliz de ver isso hoje, esse local que parece a casa da minha avó. Tinha uma parte lá, onde quantas e quantas vezes eu fui para debaixo do coqueiro, do cajueiro, sentar para ler. Porque enquanto os amigos estavam brincando, eu sempre lembrava da história do meu pai”, revelou.

Associação

A Associação Cultural Santa Terezinha do Menino Jesus foi fundada em 8 de julho de 2009 e atende cerca de 120 pessoas entre jovens e adultos, com ações voltadas para mulheres, através de cursos de artesanato, grupos de alcoólicos anônimos (AA), entre outras atividades.

 

Periferia que Lê

O Periferia que Lê é um projeto social com ações voluntárias, que visa reforçar a importância das práticas literárias através da elaboração de ideias, acessibilidade aos livros e à informação. Parte do Grande Bom Jardim, o bairro Granja Lisboa é uma das maiores periferias de Fortaleza, e tem no projeto a busca pelo incentivo à leitura e conecta a comunidade e os artistas locais. O idealizador do projeto, Marcos de Sá, falou sobre a oportunidade que as pessoas irão obter com o sucesso do projeto.

“Eu quero agradecer a todas as pessoas envolvidas. Obrigado a todos que estão acreditando nesse projeto e nesse propósito. Dentro da periferia temos grandes artistas, pessoas trabalhadoras, honestas, e nós precisamos enfatizar isso. É uma forma de oportunizar o espaço, por exemplo, para que ele sirva como uma porta, que não existia, e que agora está aberta. Agradeço a Deus também por todas essas pessoas que Ele está colocando no nosso caminho para abrir essa porta aqui, e, principalmente em nome da comunidade”, finalizou.

Geladeiras Literárias

O projeto recebe geladeiras inutilizadas e encaminha-as à manutenção e pintura para serem colocadas em um ponto estratégico do bairro e, assim, elas podem receber os livros que serão lidos pelo público. Regularmente, a equipe de voluntários do projeto visita as geladeiras literárias para a limpeza e reposição das novas doações.