Crianças e adolescentes dos ABCs e Circos Escola vivenciam a mágica das brincadeiras circenses

23 de julho de 2021 - 10:35 # # # #

Thaynan Freitas - Ascom SPS Texto
Thaynan Freitas / Governo do Estado e Arquivo Pessoal Fotos

A luz sob a lona do circo dá destaque ao olhar esperançoso de Adriele Rabelo, de 12 anos. Ansiosa pela diversão, a pequena se transforma na palhacinha da alegria e abre as cortinas para o espetáculo. Adriele faz parte das 1.650 crianças e adolescentes beneficiadas pelos ABCs e Circos escola do Bom Jardim e Palmeiras, que realizam todos os anos em janeiro e julho a colônia de férias nas comunidades onde estão situados. Ao todo, são 5 equipamentos coordenados pela Secretaria da Proteção Social Justiça Cidadania Mulheres e Direitos Humanos (SPS), localizados nos bairros Bom Jardim, Conjunto Palmeiras, Messejana (Cajueiro Torto), Serrinha e Mondubim.

A programação é voltada para o público de seis a 17 anos, que participam de aulas de dança, karatê, teatro, cinema, contorcionismo, tecido e malabares, além do Grupo de Participação e Desenvolvimento Humano, círculos de conversas com temas específicos do cotidiano. Este ano, os temas da Colônia de Férias estão sendo alusivas aos 31 anos de existência de Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

A titular da SPS, Socorro França, destaca que esses espaços possibilitam trabalhar valores de cidadania, ao mesmo tempo que auxiliam as famílias a contarem com suporte para trabalhar. “Por meio dos centros comunitários, ABCs e Circo Escola, estamos próximos da comunidade, auxiliando na formação dessas meninas e meninas, tanto com oferta de esporte, cultura e lazer, como discutindo temas importantes”, destaca.

A coordenadora do ABC Bom Jardim, Jenuilma Marques, abraça as crianças com orgulho e destaca a importância desse momento. “Vejo em cada olhar o amor que eles têm por esse lugar. Isso me enche de emoção porque me vejo um pouco em cada um deles, a minha história está aqui também. Trabalhamos a cidadania com essas crianças, para que eles reconheçam seus direitos e deveres, que possam conhecer os núcleos onde recorrer caso os seus direitos sejam violados ou explorados. Aqui eles aprendem a socializar, ouvir e desabafar”, explica a coordenadora.

O poder do encantamento do circo causa surpresa. O pequeno Mikael Silva, de 14 anos, se inclina na arquibancada para fazer a foto e não perder nada das apresentações. “Eu me sinto bem aqui, tenho amigos, irmãos e também gosto da comida”, conta Mikael com um sorriso tímido.

Na arquibancada ao lado, Clean Barbosa (16) é um dos mais animados da plateia, e espera ansioso para mostrar as acrobacias que sabe fazer. “Estou no circo há quase 7 anos, minha família toda está aqui. Amo esse lugar porque não estou sozinho e aprendo muitas habilidades”, conta o adolescente.

Para a pedagoga da Célula de Programas e Projetos da SPS, Franciete Marques, a ida aos ABCs e circos escola agrega no conhecimento dos jovens. “A colônia de férias é mais um suporte para as famílias enquanto as crianças estão nas férias escolares. Assim, elas não ficam vulneráveis e se ocupam de atividades sociais”, pontua.

Cuidados

Além do uso de máscaras e álcool em gel, o número de alunos foi reduzido em 50% para que o distanciamento possa ser respeitado. Para participar das atividades da colônia de férias, todos os alunos precisam da autorização prévia dos pais.