Cirurgias por videolaparoscopia são maioria no HRSC, somando cerca de 500 procedimentos

8 de setembro de 2021 - 09:48 # # # # # #

Isabelle Azevedo - Ascom HRSC - Texto e foto

Técnica possibilita recuperação mais rápida do paciente, gerando menos custos para o hospital

O Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), em Quixeramobim, unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) gerida pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), vem se tornando referência nas cirurgias por videolaparoscopia, técnica cirúrgica realizada com o auxílio de uma câmera inserida no interior do abdômen.

Desde que o serviço foi inaugurado, em 2019, já foram realizados, até agosto de 2021, 494 procedimentos. Vinte cirurgiões, divididos em diferentes especialidades, operam no HRSC, que atualmente realiza quase 100% das cirurgias para a retirada da vesícula biliar (colecistectomia) e do apêndice (apendicectomia) por videolaparoscopia.

“Realizar esse tipo de cirurgia aqui no interior do Estado é um avanço para toda a região. Favorece para que novas técnicas cirúrgicas sejam aplicadas e permite o aumento da complexidade e variedade de procedimentos cirúrgicos. Isso irá proporcionar o aumento de resolutividade de diversas patologias cirúrgicas”, afirma o coordenador médico do Centro Cirúrgico do HRSC, José Carlos Apolônio.

Os pacientes que chegam para operação são advindos do processo ambulatorial ou são enviados pela Central de Regulação de Leitos, em regime de urgência, como é o caso das cirurgias oncológicas. “Devido ao nosso quadro de especialistas, conseguimos resolver muitos problemas de pacientes que chegam com doenças complexas oncológicas, como pacientes com tumor de cólon, tumor de reto, tumores ginecológicos. Dependendo do caso, realizamos a cirurgia e, em seguida, encaminhamos para centros especializados em tratamento oncológico com quimioterapia e radioterapia”, explica Apolônio.

Diagnosticado com câncer de cólon, Francisco Edson da Silva, 57, foi um dos pacientes oncológicos operados no HRSC. Bruna Saionara Silva, 24, conta que o pai realizou o tratamento cirúrgico e que a experiência no hospital foi muito satisfatória. “Durante o internamento, ele foi bem atendido e, graças a Deus, ele evoluiu muito bem. Os profissionais são excelentes. Eles tinham todo cuidado de visitar meu pai a todo momento para nos dar as informações”, avalia.

Com a recuperação do paciente, a expectativa da família é de que Edson ganhe mais qualidade de vida. “Graças a Deus, ele vem respondendo ao tratamento positivamente. Já ganhou peso, mais de dez quilos. O aspecto dele é bem melhor do que de antes de fazer a cirurgia. Agora ele leva a vida normal, como levava antes”, pontua a filha, que é nutricionista .

Técnica minimamente invasiva

A videolaparoscopia é considerada uma cirurgia minimamente invasiva e que tem a vantagem de oferecer um trauma cirúrgico menor para o paciente, favorecendo a recuperação deste em inúmeros aspectos.

“O paciente terá menos dor no pós-operatório, uma recuperação pós-operatória bem mais rápida, ficando apto a voltar ao seu dia a dia normal. A videolaparoscopia também proporciona um resultado estético melhor do que a cirurgia aberta, já que há menores incisões. Esses três fatores contribuem para que o paciente tenha uma menor incidência de infecção em ferida operatória e outras complicações relacionadas à incisão no pós-operatório”, detalha José Carlos Apolônio.

A rápida recuperação dos pacientes possibilita, ainda, que haja um menor tempo de internação. “A cirurgia por vídeo permite que o paciente possa ter uma alta hospitalar após a cirurgia mais precoce em relação a uma cirurgia aberta. Por exemplo, em uma colecistectomia videolaparoscópica (cirurgia para tratar as pedras na vesícula biliar), a maioria dos pacientes recebe alta logo no dia seguinte à cirurgia. Já em uma cirurgia aberta, o paciente ficaria pelo menos uns dois ou três dias internados. Essa vantagem, de alta precoce, permite menores custos ao hospital e que o paciente retorne ao seu ambiente domiciliar o mais cedo possível”, diz o coordenador médico.