Indústria de alimentos do Ceará tem presença importante no País

20 de setembro de 2021 - 16:46 # # # #

Ascom Sedet

Não é exagero dizer que fábricas de alimentos sediadas no Ceará têm presença importante na mesa dos brasileiros, principalmente em relação ao café da manhã. Nesse quesito, três segmentos – lácteos, cafés e massas e biscoitos – figuram entre os mais vendidos no país.

O segmento que talvez seja mais tradicional é o de moagem de trigo e fabricação de massas e biscoitos, que possui quatro unidades de processamento no estado: SL Alimentos, J. Macêdo, Moinho Cearense e o grupo M Dias Branco – este, um gigante com seus produtos em prateleiras em todo o país.

De acordo com o consultor empresarial Marcos Pinheiro, da TP&E Associados, o parque de moagem de trigo cearense é moderno e responde – incluindo suas unidades em outros estados – por cerca de 30% da produção nacional. “O grupo M. Dias Branco, por exemplo, lidera nacionalmente a venda de massas (32%) e biscoitos (31%)”, disse.

Na área de produtos lácteos o destaque é o grupo Betânia, com unidades no Ceará, Bahia, Sergipe e Pernambuco. A fábrica cearense de Morada Nova, que passa a produzir leite em pó, e que deve ser inaugurada nos próximos dias, é a maior da região nordeste do Brasil.

“Teremos capacidade para processar diariamente até 1,2 milhão de litros de leite. Temos participação de cerca de um terço do mercado regional de lácteos. Estamos hoje entre os principais grupos nacionais”, informa Jorge Parente Frota, sócio-consultivo da Betânia, que possui uma linha com dezenas de produtos.

Outro exemplo de vigor é o grupo 3Corações/Santa Clara que tem como carro chefe a produção de café. Embora não tenha origem no Ceará, foi no estado que a companhia consolidou sua atuação nos mercados regionais e nacional.

O grupo atualmente conta com 12 plantas fabris distribuídas no País, e produz mais de 30 itens. Aleḿ do café, com marcas de grande conceito em todo o território brasileiro, também fabrica refrescos em pó e farinha e flocos de milho.

“Em termos de café nossa participação no mercado brasileiro é de cerca de 30%”, afirma o presidente do grupo Pedro Lima, acrescentando que as unidades fabris geram 7 mil empregos e teve faturamento de R$ 5,3 bilhões no ano passado.

“São exemplos da capacidade empreendedora do cearense. Hoje em quase todo lar do país alguns dos produtos fabricados no estado estão presentes no café da manhã dos brasileiros”, observa Maia Júnior, titular da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará.