Um ano depois da primeira dose aplicada no Ceará, vacina contra Covid-19 segue como meio mais eficaz de proteção

17 de janeiro de 2022 - 12:35 # # # #

Débora Morais - Ascom Helv
Carlos Gibaja, Helene Santos e Nívia Uchôa - Fotos

A imagem da técnica em Enfermagem Silvana Reis recebendo a primeira dose da vacina contra o coronavírus no Estado acendeu a esperança na população

Em meio ao que seria o começo do segundo pico da Covid-19 no Ceará e no Brasil, em 18 de janeiro de 2021, Maria Silvana Souza dos Reis, 52, estava em mais um dia de trabalho no Hospital Estadual Leonardo Da Vinci (Helv), unidade da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) referência no tratamento da doença, quando seu celular tocou. A chamada era um aviso – e também um alento. A técnica em Enfermagem seria a primeira cearense a receber a vacina contra o coronavírus.

“Eu estava na hora do meu lanche quando me ligaram avisando e eu não acreditei. Acabei desligando [o telefonema] na cara da pessoa, que depois me retornou e, junto com a minha coordenadora, me disse que era verdade. A felicidade não cabia em mim, porque eu ia ser a primeira pessoa a tomar a vacina contra a Covid-19”, lembra a profissional, emocionada.


O Governo do Ceará traçou estratégias para distribuir os imunizantes às 22 Áreas Descentralizadas de Saúde em até 24h após desembarque dos insumos, por meio de rotas aéreas e terrestres

A imagem de Reis recebendo a primeira dose do imunizante, um ano atrás, tornou-se símbolo de esperança. De lá para cá, a vacinação avançou. Mais de 15 milhões de doses já foram aplicadas no Ceará. Nesse sábado (15), crianças de 5 a 11 anos começaram a receber a aplicação do insumo pediátrico da Pfizer/BioNtech.

Cenário há um ano e contexto atual

O primeiro lote de vacinas contra a Covid-19 desembarcou no Aeroporto Internacional de Fortaleza – Pinto Martins com 218 mil doses. Naquele momento, a prioridade era vacinar profissionais da Saúde que estavam na linha de frente no combate à pandemia, fossem eles de unidades públicas ou privadas, além de idosos que residiam em casas de apoio.

Até a última quinta-feira (13), conforme dados do Vacinômetro da Sesa, mais de 6,4 milhões de pessoas completaram o esquema vacinal com duas doses e mais de 1,5 milhão receberam a dose de reforço.


Vacinação em crianças de 5 a 11 anos começou nesse sábado (15); para receber a dose, população desta faixa etária precisa ser cadastrada na plataforma Saúde Digital

“Agora, estamos em mais uma etapa da vacinação. Nosso objetivo é aplicar o imunizante em cerca de 900 mil crianças de 5 a 11 anos no Estado. Essas crianças ainda estão expostas ao vírus, com riscos de complicações, e elas podem ser agentes de transmissão da doença. Neste contexto da variante Ômicron e de outras síndromes gripais, é necessário fortalecer a proteção não só dos pequenos, de forma individual, mas também de maneira coletiva”, afirma o titular da Sesa, Marcos Gadelha.

Leia também: Por que é tão importante vacinar crianças contra a Covid-19

Para as crianças aptas à vacinação, é necessário cadastro prévio na plataforma Saúde Digital. O cronograma de aplicação é de responsabilidade dos municípios.

Processo seguro e eficaz

A vacinação segue como o meio mais eficiente para proteger a população da Covid-19 e suas variantes. Assim como ocorreu com as vacinas para pessoas com 12 anos ou mais, o imunizante pediátrico também passou por diversos estudos e testes até que fosse atestada sua segurança, tendo eficácia garantida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Mesmo com o avanço da vacinação contra a Covid-19, a pandemia não acabou e os protocolos sanitários de prevenção devem ser mantidos – como uso de máscara, higienização constante das mãos e distanciamento social.

“O vírus ainda está aí e as pessoas precisam redobrar os cuidados com isso, porque estamos vendo muitas pessoas relaxando e não ligando para a situação. Eu e minha família fazemos a nossa parte para não levar a doença para dentro de casa. As pessoas precisam se conscientizar e seguir nosso exemplo de cuidado e também de vacina no braço”, orienta Silvana Reis, que atua como técnica em Enfermagem há 23 anos. “Até hoje, não pegamos a Covid. Agora, três doses depois, posso dizer que todos nós estamos seguros graças à vacina”, avalia.