Profissionais de TI desenvolvem tecnologias que contribuem com as Forças de Segurança do Ceará

19 de outubro de 2022 - 16:50 # # # # #

Ascom SSPDS - Texto

No Dia do Profissional de Informática, comemorado neste 19 de outubro, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) homenageia os profissionais que atuam na área da Tecnologia da Informação (TI). Entre os trabalhos desempenhados na SSPDS, a Coordenadoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Cotic) desenvolve softwares voltados às Forças de Segurança do Estado. Já na Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), os profissionais dessa área atuam em duas coordenadorias que desenvolvem distintas funções, mas igualmente imprescindíveis para a instituição: o Núcleo de Perícia Tecnológica e Apoio Técnico (NPTAT), da Coordenadoria de Perícia Criminal (Copec); e a Coordenadoria de Tecnologia da Informação (CTI).

Tecnologia na SSPDS

Com 21 anos de história, a Cotic/SSPDS já desenvolveu 128 softwares para o trabalho realizado por policiais militares e civis, bombeiros militares e peritos forenses em todo o Ceará. As plataformas são pensadas a partir das necessidades e dos diálogos entre os profissionais do setor e as Forças de Segurança do Estado. O coordenador  da Cotic/SSPDS, Luciano Freire, comemora o trabalho da equipe. “Para os nossos profissionais da tecnologia da informação é gratificante ver os nossos projetos desenvolvidos, sendo utilizados pelas Forças de Segurança, nas ruas do Estado”, celebra o coordenador.

O entusiasmo não é à toa. Com sistemas como Portal de Comando Avançado (PCA), Sistema de Informações Policiais (SIP3W), Consulta Integrada, Rotas, Cerebrum, Status, entre outros, a Cotic-SSPDS é reconhecida pelas Forças de Segurança e até por outros órgãos, que dialogam com os profissionais da informática da Secretaria da Segurança, com a finalidade de conhecer as boas práticas da Coordenadoria.

“Não somos apenas desenvolvedores de softwares, temos que mantê-los também. Sempre faço a analogia da criança. Quando ela nasce, os pais têm que cuidar e manter. Fazemos isso com os projetos desenvolvidos. Cada aplicação passa por manutenção específica, tem uma arquitetura para o desenvolvimento e produção. Hoje, temos uma arquitetura de servidores físicos, que está no nosso data center, mas temos sistemas que já rodam nas nuvens”, detalha o coordenador Luciano Freire.

Com uma equipe que mescla infraestrutura, desenvolvedores, analistas, técnicos e outros profissionais, a Cotic busca constantemente conversar com as instituições de ensino superior, por meio de parcerias que aproximam o setor com cientistas e universidades. “É uma parceria muito importante. Além da pesquisa em si, os softwares passam a representar a necessidade, a realidade do trabalho que precisa ser desempenhado pelas nossas Forças de Segurança. Fazemos estudos técnico-científicos, comprovando a eficácia da ferramenta na prática”, explica o gestor.

Tanto esforço é reconhecido internamente, mas externamente também. Além de constantes visitas de comitivas como a da Amazonda Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA)do Exército Brasileiro, da Polícia Federal, entre outros. Além disso, modelos de tecnologias aqui são replicados por outras pastas, como a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). “Isso é o reflexo do nosso trabalho ajudando as pessoas, de uma forma geral. A nossa satisfação só aumenta, quando vemos que produtos como o PCA, com capacidade para reconhecimento facial no momento de uma abordagem, contribuem para uma sociedade cada vez melhor”, finaliza.

Informática Forense na Pefoce

No Núcleo de Perícia Tecnológica e Apoio Técnico (NPTAT) da Pefoce, estão lotados peritos criminais especialistas e com formação nas áreas da Tecnologia da Informação, que aplicam o conhecimento e as técnicas para detectar e filtrar dados importantes sobre crimes que tenham sido executados ou articulados por meio de dispositivos tecnológicos. Os peritos de informática forense atuam, principalmente, na extração e perícia de informações de aparelhos celulares, computadores, tablets, HD e outros dispositivos de armazenamento e mídias para dar suporte em investigações criminais de diversos tipos.

A atuação da informática forense é essencial nas investigações que envolvem exploração sexual de crianças e adolescentes em âmbito virtual, visando identificar crimes de pornografia infantil. Também atuam em processos de fraudes digitais, como clonagem de cartões e roubo de dados pessoais. Os peritos do NPTAT também são acionados para analisar informações contidas em aparelhos celulares de criminosos. No setor também há uma equipe de peritos que atua nas perícias de autenticidade de vídeos e áudios. Eles comparam imagens, identificam objetos, pessoas e locuções que possam esclarecer informações acerca dos mais variados crimes que tenham sido registrados através de mídias audiovisuais.

O perito criminal Ravi Veloso, que é formado em ciência da computação, fala sobre a rotina no núcleo e os principais casos. “Aqui, os peritos de computação têm como principal solicitação os aparelhos celulares que são apreendidos em locais de crimes ou com os investigados. As pessoas, que passam por algum tipo de investigação por terem cometido algum delito, na maioria das vezes nem é um crime relacionado a crimes virtuais. Muitas vezes é homicídio ou tráfico de drogas”, explicou.

Tecnologia e soluções

Fora do âmbito investigativo, mas também com a aplicação de tecnologia, processamento de dados, gerenciamento, programação de sistemas e soluções tecnológicas, a Coordenadoria de Tecnologia da Informação (CTI) é o setor estratégico da Pefoce que dá suporte direto a todas as outras coordenadorias e à gestão da instituição. Com programadores, administradores de banco de dados, analistas de segurança, analistas de sistemas, entre outros profissionais, a CTI trabalha diariamente no acompanhamento e gerência dos projetos da Pefoce. O trabalho possibilita perceber os pontos de melhorias, provendo soluções e criando ferramentas de comunicação entre as plataformas e estruturas presentes no Estado para melhorar as condições de trabalho dos usuários.

Os profissionais, que fazem parte da CTI, são responsáveis pela boa interação entre usuários e computador, criação de softwares, suporte técnico, organização de banco de dados, configurações em redes de computadores e muitas ações em desenvolvimento.

João Mesquita, coordenador da CTI da Pefoce, explica sobre a importância dos profissionais de TI e como eles atuam na coordenadoria promovendo soluções e fluidez na rotina da Pefoce. “Quem mexe com tecnologia geralmente fica aficionado em desenvolver algo novo, em poder servir de apoio para uma pessoa que está passando por alguma dificuldade no manuseio de algum equipamento eletrônico ou uso de programa. Além de fornecermos soluções alinhadas com a autogestão e as outras coordenadorias, a CTI também fornece o treinamento de capacitação. Requer muito do profissional TI tempo dedicado. Analisar linhas de código e desenvolver soluções usando o raciocínio lógico não é muito fácil, é bem difícil”, analisou.

Sistema Galileu

E justamente pensando em promover soluções e fluidez no trabalho dos servidores, a CTI da Pefoce desenvolveu o “Sistema Galileu”, que armazena e gerencia digitalmente todos os tipos de informações sobre os procedimentos periciais realizados pela Pefoce. Com a ferramenta, a custódia dos vestígios fica mais organizada e segura, pois, ao serem recebidos pela Pefoce, recebem um código identificador – QR code – e lacre de segurança, que são facilmente rastreáveis e monitorados internamente, permitindo o gestor identificar, em tempo real, em qual etapa determinada perícia está ou se ela já foi concluída. Com o Galileu, os laudos também são assinados e liberados digitalmente para as delegacias, proporcionando grande economia de tempo entre a conclusão do laudo pericial e a entrega à autoridade policial requisitante.

“O Galileu é uma ferramenta que foi desenvolvida especificamente para as atividades desenvolvidas aqui na Pefoce. Tanto para medicina legal, para os laboratórios de análise forense, para a perícia externa e em alguns casos da Coordenadoria de Identificação Humana e Perícias Biométricas (CIHPB), ou seja, as quatro coordenadorias de atividade finalística são atendidas dentro do Galileu”, disse Mesquita.

Novos softwares da Pefoce

Aptos a desenvolver soluções tecnológicas que suplementam e que complementam as atividades periciais desenvolvidas na Pefoce, a CTI também tem tem como objetivo aprimorar as soluções tecnológicas já existentes, onde é possível as coordenadorias da Pefoce se comunicarem, inclusive, fazendo interoperabilidade, ou seja, atuando em conjunto, com o sistema da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE).

“Fora o Galileu, nós temos outras soluções desenvolvidas aqui na CTI, que é o aplicativo do perito local de crime, que permite o profissional da atividade-fim levar uma extensão (do Galileu) para rua. Já do local de ocorrência, ele pode adiantar as informações para dentro do nosso sistema, usando evidentemente os recursos mais modernos disponíveis na área da ciência da tecnologia da informação”, explicou Mesquita.