Período de férias escolares demanda maior atenção a acidentes domésticos com crianças

14 de dezembro de 2022 - 15:16 # # # #

Márcia Catunda - Ascom UPAs - Texto e foto

Nas UPAs, ocorrências cresceram 20% em dezembro deste ano, comparando com o mês anterior

No período de férias escolares, as crianças ganham mais tempo para brincar e fazer outras atividades. É preciso, porém, ampliar os cuidados para que momentos de lazer não se tornem um transtorno para pais e responsáveis e seus filhos. Acidentes domésticos, comuns, principalmente, nesta época do ano, aumentam a demanda nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

Na UPA Messejana, por exemplo, foi percebido um crescimento de cerca de 20% dessas ocorrências em dezembro deste ano, comparando com novembro. “Geralmente, são escoriações e feridas leves, decorrentes de quedas de skate, patins, bicicleta e até de árvores. Em alguns casos, é necessária a realização de exame de raio-x para verificar a profundidade do machucado e, a depender, encaminhar o paciente a um hospital de referência em trauma”, explica Julienny Timóteo, coordenadora do Serviço Assistencial da unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) sob gestão do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH).

Diante disso, é importante que pais e responsáveis supervisionem os pequenos durante as brincadeiras e forneçam as devidas orientações para prevenir os acidentes. A criação e a manutenção de ambientes seguros são fundamentais para reduzir riscos.

Levar ou não a criança a uma unidade de saúde?

Quando uma eventualidade acontece, uma das principais dúvidas dos adultos é sobre levar ou não a criança a uma unidade de saúde. “Se a ferida estiver sangrando muito ou em situações de cortes e pancadas na região da cabeça, indica-se verificar a profundidade da lesão. Portanto, nessas situações, a orientação é levar a criança à UPA”, recomenda Julienny Timóteo.

O serviço de Pediatria das UPAs funciona 24 horas, todos os dias da semana (incluindo feriados), com atendimento de pessoas com idade até 17 anos. Como nos demais casos, a assistência infantil é realizada conforme o sistema de classificação de risco.

“Ao chegar à unidade, realiza-se uma triagem inicial a partir de queixas clínicas, sintomas e sinais relatados pelo paciente ou acompanhante. Dessa forma, as ocorrências seguem uma escala de prioridades definidas por cores”, explica Isabella Barreto, médica pediatra da UPA Conjunto Ceará, também da Rede Sesa.

Para a internação de menores de idade, pais ou responsáveis legais podem atuar como acompanhantes nos equipamentos. Solicitações de transferência para outros serviços secundários ou terciários devem ser feitas na presença dos adultos.