Médicos e enfermeiros são atualizados em doenças da pele durante Fórum

23 de maio de 2013 - 12:13

O II Fórum de Dermatologia Sanitária que o Governo do Estado, por meio a Secretaria da Saúde do Estado realizará nesta sexta-feira (24), reunirá 150 profissionais médicos e enfermeiros das 22 regiões de saúde para atualização em diagnóstico e tratamento de doenças da pele. O fórum tratará de temas relacionados às dermatoviroses, micoses superficiais, dermatozoonoses, piodermites, tumores cutâneos e em especial à hanseníase. Manchas claras em qualquer parte do corpo com diminuição ou perda da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato, podem ser sinais da hanseníase. A doença pode causar deformidades físicas. Com o diagnóstico logo no início e com o tratamento imediato podem ser evitadas. O  II Fórum de Dermatologia Sanitária será aberto às 7h30min, no Hotel Mareiro, Avenida Beira Mar, 2380, Meireles.

 

O Ministério da Saúde definiu em 2011 o Plano Integrado de Ações estratégicas de eliminação da hanseníase como problema de saúde pública até 2015 com o compromisso de alcançar a prevalência de menos de 1 caso por 10.000 habitantes até 2015. A estratégia tem por base o aumento da detecção precoce e a cura dos casos diagnosticados. Para esse fim, o Ministério da Saúde garante recursos aos municípios prioritários para o controle da doença. No Ceará foram contemplados os municípios do Crato, Fortaleza, Icó, Iguatu, Juazeiro do Norte e Sobral.

 

A distribuição dos coeficientes de detecção de hanseníase no Estado em 2012 demonstra heterogeneidade, existindo áreas sem notificação de casos novos (municípios silenciosos), bem como regiões com maior concentração de casos da doença,principalmente na região sul do Estado. Em 2012 houve notificação de 2.130 casos novos de hanseníase em 157 municípios.

 

Embora o Ceará venha apresentando queda no coeficiente de detecção geral de hanseníase por 100 mil habitantes, que oscilou entre 37,6 e 24,8 em 2012, o Estado ainda permanece com o parâmetro muito alto. O coeficiente de detecção em menores de 15 anos também se manteve muito alto, com registro de 122 casos novos da doença nessa faixa etária em 2012 e coeficiente de detecção de 5,5 por 100 mil habitantes.

 

Para a Secretaria da Saúde do Estado, ao mesmo tempo em que as ações de vigilância epidemiológica são intensificadas é necessário manter os profissionais do Programa Saúde da Família nos municípios motivados e preparados para atuar na detecção precoce dos casos. Os técnicos da Sesa também destacam a importância da mobilização social, com a participação dos conselhos municipais de saúde, nas das ações de prevenção e de conscientização da população sobre os cuidados com a doença. Entre as metas de controle da hanseníase alcançar e manter o percentual de 90% de cura nas coortes de casos novos de hanseníase e reduzir em 26,9% o coeficiente de detecção de casos novos em menores de 15 anos até 2015.

 

 

A doença

 

A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, causada pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae). Não é hereditária e sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa que foi infectada. Apresenta múltiplas manifestações clinicas e se exterioriza, principalmente por lesões dos nervos periféricos e lesões cutâneas. Em um país endêmico como o Brasil, em qualquer pessoa com alteração de sensibilidade na pele deve-se pensar em hanseníase. Situações de pobreza como precárias condições de vida, desnutrição, alto índice de ocupação das moradias e outras infecções simultâneas podem favorecer o desenvolvimento e a propagação da hanseníase.

 

A transmissão se dá entre pessoas. Uma pessoa doente que apresenta a forma infectante da doença (multibacilar – MB), estando sem tratamento, elimina o bacilo pelas vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim transmiti-lo para outras pessoas suscetíveis. O bacilo de Hansen tem capacidade de infectar grande número de pessoas, mas poucas pessoas adoecem porque a maioria tem capacidade de se defender contra o bacilo. O contato direto e prolongado com a pessoa doente em ambiente fechado, com pouca ventilação e ausência de luz solar, aumenta a chance da pessoa se infectar. Assim que a pessoa doente começa o tratamento deixa de transmitir a doença.

 

23.05.2013

Assessoria de Comunicação da Sesa

Selma Oliveira/ Marcus Sá (selma.oliveira@saude.ce.gov.br / 85 3101.5220/ 3101.5221 / 8733.8213)

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