Mascote da Copa vive na caatinga brasileira

19 de maio de 2014 - 18:19

A primeira edição da Copa do Mundo sustentável tem vários pilares de preservação. Além de arenas verdes, construções comprometidas com a preservação e reutilização da água, o compromisso é forte também com animais como o tatu-bola, inspiração para Fuleco, o mascote da Copa do Mundo de 2014. A espécie, que vive na caatinga, bioma brasileiro, teve sua população reduzida em um terço nos últimos dez anos. A estimativa, baseada na diminuição do habitat do mamífero, levou organizações não-governamentais a elaborarem projeto de conservação da espécie, nativa da caatinga e ameaçada de extinção.

 
“Este será mais um legado de compromisso ambiental trazido pela Copa do Mundo de 2014. Depois de ser escolhido como mascote, o tatu-bola passa a receber a atenção que merece para preservação dessa espécie nativa do Brasil”, afirma o secretário Especial da Copa 2014 no Ceará, Ferruccio Feitosa.

 
O plano, com duração de 10 anos, se encontra na fase inicial. “Estamos fazendo uma estimativa populacional do tatu-bola e atualizando o mapa de distribuição da espécie”, detalha o biólogo Rodrigo Castro, coordenador-geral do projeto e diretor executivo da Associação Caatinga, com sede em Fortaleza (CE).

 
As estratégias adotadas podem livrar o tatu-bola de predadores naturais, mas não do homem, que aliado à redução do hábitat é considerado a principal ameaça à espécie. “Como não cava buracos, a exemplo de outros tatus, ao curvar a carapaça se torna uma presa fácil para os caçadores”, esclarece Anderson.

 
A ONG, dedicada à conservação da caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro, recebe apoio de duas entidades de atuação mundial: a suíça União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) e a americana The Nature Conservancy (TNC).

 
Para as próximas etapas do projeto estão previstos a identificação de áreas onde devem ser criadas unidades de conservação para proteger a espécie, educação ambiental em escolas da região e conscientização de proprietários de fazendas em que o bicho é encontrado.

 
Tatu Bola
Menor que uma bola de futebol de campo, o mascote da copa mede cerca de 30 centímetros e pesa, em média, dois quilos quando adulto. Come preferencialmente insetos, mas se alimenta também de frutas. O nome comum tem origem numa estratégia de defesa do animal, que se dobra ao meio para escapar de predadores, a exemplo de raposas e cachorros-do-mato.

 
A mascote oficial também tem a sua própria canção: Tatu Bom de Bola, cantada pelo sambista Arlindo Cruz. O desenho final foi escolhido pela FIFA e pelo COL após a análise de 47 propostas de seis agências de publicidade brasileiras. Depois de extensas pesquisas, o desenho do tatu-bola, criado pela 100% Design, foi identificado como o favorito do principal público-alvo: crianças de 5 a 12 anos.

 
“É importante destacar que o tatu-bola é uma espécie vulnerável”, afirmou o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke. “Com esta mascote, vamos poder realizar um dos principais objetivos da Copa do Mundo da FIFA 2014, que é comunicar a importância do meio ambiente e da ecologia. Temos certeza de que ela será amada não apenas no Brasil, mas no mundo todo”.

 
História
A mascote oficial do Brasil 2014 é a mais recente de uma longa linha de personagens que entraram para a história da competição. Seguindo os passos de figuras como Zakumi (África do Sul 2010), Goleo (Alemanha 2006) e o precursor World Cup Willie (Inglaterra 1966), a mascote é uma das principais imagens do Mundial, proporcionando à FIFA, ao COL e a outras partes envolvidas uma marca forte para a ativação de campanhas promocionais e o contato com o público.

 

19.05.2014

 

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