Secretaria da Saúde apresenta plano de contingência para controlar chikungunya

3 de dezembro de 2014 - 17:56

A Secretaria da Saúde do Estado apresentará nesta quinta-feira, 4 de dezembro, o Plano de Contingência para a Febre Chikungunya, durante o V Congresso Norte-Nordeste de Infectologia, que acontece até o sábado, dia 6, no Seara Praia Hotel, Avenida Beira Mar, 3080, Meireles, com discussões sobre hepatites, infecções e HIV, assim como Ebola e Chikungunya. O plano, com detalhamento das ações necessárias de investigação epidemiológica e controle vetorial para evitar a disseminação da doença no Ceará, será apresentado pelo coordenador de Promoção e Proteção à Saúde, Márcio Garcia, na oficina que será realizada das 11h20min ao meio dia.

 

 

Até o dia 15 de novembro, o Ministério da Saúde registrou 1.364 casos de Febre Chikungunya no Brasil, sendo 125 confirmados por critério laboratorial e 1.239 por critério clínico-epidemiológico. Do total, 71 casos são importados, trazidos por pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa. Os outros 1.293 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão. Destes casos, chamados de autóctones, 531 foram registrados no município de Oiapoque (AP), 563 em Feira de Santana (BA), 196 em Riachão do Jacuípe (BA), um em Matozinhos (MG), um em Pedro Leopoldo (MG) e um em Campo Grande (MS).

 

 

Casos importados

 

No Ceará foram notificados 13 casos suspeitos e confirmados cinco – três em Fortaleza e os demais nos municípios de Aracoiaba e Brejo Santo, todos eles importados. Os cinco casos registrados da doença no Estado foram confirmados por critério laboratorial pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen), que foi indicado no início de novembro pelo Ministério da Saúde para realizar o diagnóstico de Febre Chikungunya para estados do Nordeste.

 

 

Desde que foram confirmados os casos da febre Chikungunya no Caribe, no final de 2013, o Ministério da Saúde elaborou um plano nacional de contingência da doença, que tem como metas a intensificação das atividades de vigilância; a preparação de resposta da rede de saúde; o treinamento de profissionais; a divulgação de medidas às secretarias e a preparação de laboratórios de referência para diagnósticos da doença.

 

 

Também foram intensificadas as medidas de prevenção e identificação de casos. Nas regiões com registro da febre, foram constituídas equipes, composta por técnicos das secretarias locais, para orientar a busca ativa de casos suspeitos e emitir alerta às unidades de saúde e às comunidades. Para controle dos mosquitos transmissores da doença, são realizadas ações de bloqueio de casos suspeitos e eliminação de criadouros.

 

 

A febre Chikungunya é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopictus os principais vetores. Os sintomas da doença são febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema e costumam durar de três a 10 dias. A letalidade da Chikungunya, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), é rara, sendo ainda menos frequente que nos casos de dengue. Para evitar a transmissão do vírus, é fundamental que as pessoas reforcem as ações de eliminação dos criadouros dos mosquitos. As medidas são exatamente as mesmas para a prevenção da dengue.

 

 

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