Especialista fala sobre Zika para profissionais do Albert Sabin

9 de dezembro de 2015 - 16:32


Profissionais do Hospital Infantil Albert Sabin, da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, participaram nesta quarta-feira, 9, de palestra sobre Zika Vírus, ministrada pelo pediatra e infectologista Robério Leite. O objetivo do encontro era compartilhar com a equipe médica e técnica do hospital os dados mais recentes relacionados ao vírus e os cuidados com os bebês. “O Albert Sabin foi escolhido como hospital de referência do SUS para atender os casos de microcefalia suspeitos de serem causados pelo Zika, no Ceará. Então, é fundamental se manter atualizado sobre os estudos”, explicou a diretora geral do hospital, Marfisa Portela.

No Ceará, foram notificados 41 casos suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus Zika em 20 municípios diferentes. Desse total, 27 já foram encaminhados para o Hospital Albert Sabin, de diferentes maternidades do Ceará. O Albert Sabin, para acompanhar os casos, disponibilizou uma equipe altcom três neuropediatras, um geneticista, um infectologista e um pediatra. Os profissionais, desde a primeira semana de dezembro, têm verificado os recém-nascidos e realizado os exames necessários para designar a causa da microcefalia.

O infectologista Robério Leite ressaltou a importância do trabalho realizado pelo hospital e acredita se tratar de uma “escolha acertada”. Durante a palestra, Leite desmistificou teorias, como, por exemplo, a de que o Zika Vírus chegou ao Ceará durante a Copa do Mundo de 2014, por meio dos visitantes do continente africano. “O vírus que circula hoje no nosso estado é de origem asiática e não se pode afirmar ao certo como chegou aqui. A verdade é que o ser humano está se tornando um grande disseminador de vírus devido à facilidade na locomoção, de transportes”, explicou.

De acordo com o infectologista, o mosquito Aedes aegypti ainda é o principal responsável pela transmissão e que não há comprovação científica da transmissão pela amamentação ou relação sexual. “Tudo isso está sendo estudado”, afirmou. Robério Leite relatou formas de identificar o vírus Zika e mostrou a forma como age no organismo humano. Destacou também a importância da observação das mulheres grávidas diagnosticadas com Zika. “A relação entre Zika e microcefalia é uma novidade para a ciência. Não se sabe ainda se apenas a presença do vírus em algum momento da gestação é suficiente para que isso ocorra ou se existem outras condições que favorecem o desenvolvimento da microcefalia, como medicação, fator genético, raciais. Então é necessário acompanhar a grávida com Zika de perto”, explicou.

Estiveram presentes na palestra mais de 70 profissionais do Hospital Infantil Albert Sabin. Entre eles, a diretora clínica, Patrícia Sampaio, e a diretora geral, Marfisa Portela. “O Albert Sabin é um hospital de referência e não podemos nos esquivar de atender essas crianças. Por isso é importante também a capacitação”, disse Marfisa.

09.12.2015

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