Solenidade marca Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose

22 de março de 2016 - 17:41

Em prosseguimento às atividades que marcam o Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose, 24 de março, a Secretaria da Saúde do Estado dá posse nesta quarta-feira (23) aos novos integrantes do Comitê Estadual da Tuberculose, às 11 horas, no Auditório Waldir Arcoverde, da Sesa (Avenida Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema). Criado com o propósito de construir estratégias para o monitoramento e avaliação das políticas públicas de controle da doença, o Comitê Estadual da Tuberculose é composto de 59 membros representantes de 22 instituições, entre elas a Secretaria da Saúde do Estado, secretarias municipais de Saúde de Fortaleza, Caucaia, Quixadá, Maracanaú, Itapipoca, Crato, Maranguape, Secretaria da Educação do Estado, Promotoria da Justiça de Defesa da Saúde Pública, Distrito Sanitário Especial Indígena (DESEI/CE), entre outras.

Nos últimos anos, o Brasil e o mundo têm ampliado os esforços para o controle da tuberculose, que continua sendo um importante e grave problema de saúde pública, essencialmente em função do aparecimento da Aids, do aumento do processo migratório e da pobreza. O Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose é ocasião de mobilização mundial, nacional, estadual e local para envolver todas as esferas de governo e setores da sociedade na luta contra essa enfermidade, marco da mobilização permanente para a intensificação das ações de controle da doença. Os índices da doença, que diminuíram gradativamente na década de 80, voltaram a crescer nos anos 90, associados também ao risco de aparecimento de bacilos resistentes, o que exige dos governos ação firme e articulada para o seu controle, com a adoção da estratégia de tratamento como forma de aumentar a detecção de casos, de assegurar a cura de todos os doentes, de reduzir o abandono do tratamento e evitar o aumento da chamada resistência medicamentosa, risco que tem aumentado em todo o mundo.

A tuberculose é causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas também pode ocorrer em outras partes do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). Na maioria das pessoas infectadas, os sinais e sintomas mais frequentemente são tosse seca contínua, no início da doença, depois tosse com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre baixa geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza e prostração.

A transmissão é direta, de pessoa a pessoa, por meio de pequenas gotas de saliva expelidas ao falar, espirrar ou tossir. Somente 5% a 10% dos infectados pelo bacilo de Koch adquirem a doença. O tratamento é realizado no ambulatório da unidade básica saúde mais próxima da casa do paciente, e não há necessidade de internação hospitalar. Assim, o acesso é facilitado porque há, nos 184 municípios cearenses, 2.327 unidades básicas e postos de saúde. O tratamento é oferecido na rede SUS, totalmente gratuito, e deve ser feito por um período mínimo de seis meses, sem interrupção, diariamente. Nas unidades básicas de saúde são realizados a baciloscopia e o tratamento para tuberculose.

O paciente pulmonar bacilífero (BK+), se não tratado, pode infectar em média 10 a 15 pessoas por ano. A tuberculose infecta pessoas em todos os países, tanto ricos como pobres. A pobreza, desnutrição, más condições sanitárias e alta densidade populacional são fatores que contribuem para que o agravo se dissemine e se transforme em doença. Apenas alcançando as metas de detecção de no mínimo 70% dos casos de tuberculose e cura de 85% destes casos é que o controle da doença realmente se dará e suas taxas começarão a diminuir gradativamente em 5% ao ano.

Foram registrados em 2015 no Ceará 3.417 novos casos de tuberculose, com uma taxa de incidência de 38,5 por 100 mil habitantes. A taxa de mortalidade foi de 2,3 por 100 mil habitantes, com 209 óbitos registrados. A taxa de cura da tuberculose no Estado ficou em 59,2% em 2014, enquanto a taxa de abandono do tratamento ficou em 12,7%. E Ministério da Saúde estabelece em 5% a taxa aceitável para o abandono do tratamento.

22.03.2016

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