Lacen garante segurança de órgãos doados para transplantes

22 de setembro de 2016 - 13:54

A triagem sorológica de potenciais doadores e de receptores de órgãos e tecidos para transplantes é obrigatória. E é no Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará, unidade da Secretaria da Saúde do Estado, que são realizadas as sorologias. Todos os órgãos doados e transplantados passam por análise minuciosa para a segurança do doador e receptor. A participação do Lacen acontece após o início do processo de doação. O laboratório oferece o serviço desde 1997 e até a primeira quinzena de agosto deste ano realizou 20.311 análises sorológicas.

No Lacen são realizadas, ao todo, catorze sorologias em múltiplos órgãos. Dentre elas, o diagnóstico da infecção pelo HIV, sorologias para hepatites B e C, sífilis, doença de Chagas, citomegalovírus, toxoplasmose e HTLV I e II. As solicitações de sorologia chegam ao Lacen por meio da Central de Transplantes. Conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esses procedimentos são necessários devido à grande variedade de patógenos que podem ser transmitidos no processo de doação e transplante de órgãos e tecidos. Nesses casos, a triagem sorológica pode desqualificar possíveis doadores contaminados, identificar infecções ativas no receptor no período pré-transplante para que possam ser tratadas, definir o grau de risco para que uma infecção ocorra para que se possa prevenir o seu aparecimento no pós-transplante.

No processo de doação de órgãos, após o diagnóstico de morte encefálica, a família deve ser consultada e orientada sobre a possibilidade da doação. A entrevista deve ser clara e objetiva, informando “que a pessoa está morta e que, nesta situação, os órgãos podem ser doados para transplante”. A conversa pode ser realizada pelo próprio médico do paciente, pelo médico da UTI ou pelos membros da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), que prestam todas as informações que a família necessitar. O Setembro Verde faz referência à cor do laço símbolo mundial da doação de órgãos e tecidos para transplantes. A iniciativa é promovida em alusão ao Dia Nacional de Doação de Órgãos, comemorado em 27 de setembro.

A proporção das famílias que não autorizam a doação de órgãos e tecidos de parentes com diagnóstico de morte encefálica no Brasil aumentou de 22% em 2008 para 44% em 2015, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). No Ceará, o crescimento das recusas familiares foi menor, passando de 23,2% para 38% no período. O expressivo aumento das notificações de potenciais doadores, que aumentaram 127% entre 2008 e 2015, mais que compensaram as recusas familiares às doações e permitiu ao Ceará estabelecer recordes sucessivos de transplantes realizados. O último em 2015, quando foram realizados 1.433 transplantes de órgãos e tecidos.

22.09.2016

Assessoria de Imprensa – Lacen/CIDH/IPC
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