Apicultura transforma comunidade em Paramoti

26 de junho de 2018 - 16:40 # # #

Projeto “Mel e Vida” oferece um novo ofício para moradores do Assentamento do Papel, em Paramoti, no Sertão de Canindé

O conhecimento atrelado ao uso da tecnologia transforma vidas e é capaz de mudar a realidade de comunidades inteiras. Assim tem acontecido no Assentamento do Papel, localizado no município cearense de Paramoti.

Munidos do saber e das ferramentas adequadas, os novos trabalhadores vão conseguir extrair do mel das abelhas o sustento para inicialmente 53 famílias. Mas a ação terá abrangência ainda maior, podendo se estender para beneficiar 158 famílias.

A iniciativa é resultado do projeto “Mel e Vida”, realizado pelo Governo do Ceará, através da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), com o apoio do Instituto Centec e de um outro parceiro, a Comunidade das Nações.

“Com o projeto, estamos ajudando a gerar renda para esses moradores através de um trabalho digno, e ainda evitando a exploração desenfreada da nossa mata nativa”, explica o secretário adjunto da Secitece, Francisco Carvalho, que já esteve na comunidade.

O projeto “Mel e Vida” já instalou parte da tecnologia apícola no Assentamento do Papel, com a infraestrutura para a produção do mel de abelha. Os moradores estão sendo capacitados e organizados em grupos, com o apoio de uma equipe de técnicos na Secitece, que visita regularmente a comunidade para orientar os novos trabalhadores quanto à qualidade do produto e à correta comercialização, a preço justo. A iniciativa tem ainda otimizado o uso da terra, já que o assentamento possui mais de dois mil hectares.

De acordo com Arquimedes Bastos, técnico da Secretaria, a iniciativa está levando à comunidade toda uma base de processamento, que inclui os equipamentos para a “casa do mel”, e reboque para o manejo das colmeias. “Temos buscado o apoio de agentes financiadores para a ampliação deste projeto e ainda um ‘diálogo’ com outras ações de sucesso da própria Secitece, a exemplo do Intercaju, como forma de agregar experiências vivenciadas, consolidar a iniciativa e posteriormente ampliá-la para outras comunidades”, finaliza.

 

Para mais informações e fotos sobre o projeto “Mel e Vida”: