Caminhos do sangue: da doação à transfusão

12 de julho de 2019 - 16:56 # # #

Ascom Hemoce
Thiara Montefusco Foto

imagem tubos de sangue

Nos laboratórios do Hemoce são realizados diversos testes e exames sorológicos, como tipagem sanguínea, testes para hepatite B e C, sífilis, doença de Chagas e HIV, entre outros

As doações de sangue realizadas nas unidades do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), da rede pública do Governo do Ceará, atendem as demandas transfusionais de pacientes em mais de 450 unidades de saúde no Estado e 100% do Sistema Único de Saúde (SUS). O sangue doado passa por um rigoroso processo de controle de qualidade e segurança até chegar aos pacientes que estão nos hospitais.

Durante a coleta, o voluntário doa cerca de 450 ml de sangue, quantidade suficiente para salvar até quatro vidas, mas antes de ser transfundido o sangue passa por diversos testes e exames sorológicos. “Os exames são para garantir a segurança tanto do paciente que receberá a transfusão, como também para preservar a saúde do doador. Nos laboratórios do Hemoce realizamos tipagem sanguínea, eletroforese de hemoglobina e testes para hepatite B e C, sífilis, doença de Chagas, HIV e HTLV I e II. Para maior segurança, realizamos também testes de biologia molecular para verificação e confirmação da existência do vírus HIV e Hepatite B e C, chamado de teste NAT”, fala o bioquímico e coordenador do Laboratório de Sorologia do Hemoce, Lúcio Barbosa. A unidade promove ainda testes NAT dos doadores dos hemocentros do Piauí e Maranhão, chegando a 20 mil amostras por mês.

Além do processo sorológico, o Hemoce conta com laboratório de Imunohematologia onde é feita a tipagem e compatibilidade sanguínea. “Aqui nós realizamos testes para verificar qual é o tipo sanguíneo de todas as pessoas que doam nas unidades em Fortaleza e no interior do Estado. No laboratório de imuno é verificado ainda testes de compatibilidade entre pacientes e doadores”, diz Lhais Helene, bióloga do Hemoce.

Cada bolsa de sangue é dividida em diferentes hemocomponentes (plaquetas, hemácias, plasma e outros). Por isso, é possível salvar a vida de até quatro ou mais pessoas com uma única doação de sangue. Cada hemocomponente é estocado e mantido em temperatura adequada.

Após a separação dos hemocomponentes, as bolsas aguardam a liberação dos testes laboratoriais para serem encaminhadas ao setor de distribuição e em seguida chegarem aos pacientes nos hospitais e unidades de saúde. “O sangue doado é utilizado em transfusões, em cirurgias, no tratamento de pacientes com câncer, na neonatologia e nos atendimentos de urgência e emergência, em todo o Estado”, fala Franklin Cândido, diretor de hemoterapia do Hemoce.

Agências Transfusionais

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará conta com 59 agências transfusionais, localizadas nos hospitais de Fortaleza e do interior do estado, atendendo com agilidade e segurança as solicitações de transfusão.

O hemocentro de Fortaleza é responsável por supervisionar 34 agências e hemocentros regionais de outras 25 unidades, cada um de acordo com sua região.

Segundo Verônica Almeida, coordenadora de enfermagem das agências transfusionais do Hemoce, para a criação de uma agência transfusional é necessário atender alguns critérios. “A legislação federal determina que é preciso ter uma demanda de 60 transfusões por mês, ou necessidade de atendimento a situações de urgência”.

Cada agência transfusional conta com um médico e uma enfermeira. O Hemoce presta uma assessoria a todas as agências, sendo responsável por realizar auditorias, fornecer reagentes, Requisição de Transfusão (RT) e outros materiais de rotina do serviço. A diretora Luciana Carlos reforça que a excelência no atendimento é uma das missões do Hemoce. “O nosso objetivo é oferecer a população uma transfusão segura e com qualidade, prezando sempre pela excelência do serviço”.

banner exemplificando o processo de doação e transfusão de sangue