Mais Nutrição distribuiu 185 toneladas de alimentos e beneficiou 14 mil pessoas

16 de janeiro de 2020 - 10:33 # # # #

Helena Demes - Ascom Ceasa Texto
Thiara Montefusco e Ariel Gomes Fotos

Inaugurada em junho de 2019 na Ceasa-CE em Maracanaú, a Fábrica de Polpas e Sopas do Programa Mais Nutrição vem servindo de exemplo de como reduzir o desperdício de alimentos e proporcionar a segurança alimentar de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade assistidos por instituições cearenses. Instituições de Fortaleza, Caucaia e Maracanaú são contempladas com a iniciativa.

O Mais Nutrição realizou doações para 75 instituições de Fortaleza, Caucaia e Maracanaú, beneficiando 14.287 pessoas, entre crianças, adolescentes, adultos e idosos. Desde sua inauguração até o mês de janeiro deste ano, foram distribuídos para as entidades 185.307 kg de produtos “in natura” e mix desidratados. O projeto faz parte do Programa Mais Infância Ceará, idealizado pela primeira-dama do Estado, Onélia Santana.

A primeira-dama ressaltou os “bons resultados do programa”. “São 185 toneladas de alimentos, que antes seriam desperdiçados e hoje estão sendo aproveitados com o objetivo de garantir a segurança alimentar e o desenvolvimento integral das crianças e adolescentes, além de reduzir o desperdício de alimentos”, destacou.

“São entidades que fazem trabalho voltado para crianças e adolescentes nas áreas de arte e cultura, desenvolvendo atividades esportivas e cursos e precisavam dessa alimentação. Foram realizados seminários, capacitações com as entidades para sabe como lidar com esses alimentos, para não estragar ao chegar nas instituições e há também equipe multidisciplinar para fazer visitas de monitoramento nas entidades”, completou Onélia Santana.

Mais Nutrição

O Mais Nutrição tem como objetivo o combate ao desperdício de alimentos, aproveitando frutas e legumes em boas condições de consumo, mas que não apresentam condições para serem comercializados, doados por permissionários da Ceasa-CE e empresas privadas. As doações são feitas “in natura” ou através de sopa desidratada e polpas de fruta, produzidas na fábrica do programa.

Débora Melo, nutricionista do Mais Nutrição, explica como a sopa é feita. “Primeiro, selecionamos os legumes aptos para consumo; depois é feita a higienização no cloro com produtos específicos para eliminar os microorganismos e depois vai para o descasque. Em seguida, o alimento passa pelo processo de cubetação e é levado para as telas das estufas, onde ficará desidratando pelo tempo específico do tipo do alimento, alguns 5 e outros até 10 horas,” diz ela.

A nutricionista explica ainda que para a fabricação das polpas, as frutas passam por um processo parecido. “Começa pela seleção e higienização. Depois, as frutas vão para a despolpadeira, depois são envasadas para congelamento e armazenamento para serem doadas”, destaca Débora Melo.

Irmã Cristina é presidente da Associação Madre Verônica, situada em Fortaleza, criada há três anos para ajudar a manter o projeto humanitário que atua na comunidade há 16 anos, atendendo 60 crianças. Ela comemora a inclusão da associação no Mais Nutrição. “Foi uma benção de Deus. Agora temos alimento saudável para os lanches das crianças e dos nossos voluntários, que faz a diferença no nosso cardápio. As crianças comem com prazer as frutas e apreciam demais os sucos,” esclarece ela.

Irmã Cristina explica ainda que o Mais Nutrição deu à associação o que faltava. “Muita coisa mudou, pois agora as crianças podem se alimentar de frutas e verduras. As que não gostavam, talvez por falta do hábito, estão aprendendo a comer. Agradecemos ao Governo do Estado, através da primeira-dama, e à Ceasa-CE por essa iniciativa e por proporcionar aos nossos pequenos condições para crescerem saudáveis”, destaca.

Além da Ceasa-CE, o Programa Mais Nutrição conta também com a parceria da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), Instituto Agropolos do Ceará, Associação dos Permissionários da Ceasa (Assucece) e grupo M. Dias Branco.