15 toneladas de alimentos da reforma agrária para entidades sociais

20 de abril de 2020 - 17:14 # # # # # #

Ascom SDA

Na última sexta-feira (17), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra distribuiu 15 toneladas de alimentos vindos diretamente de assentamentos e acampamentos de todo o Ceará. Milho verde, feijão, jerimum, melancia, mamão, pepino, banana, tomate, farinha e cinco mil litros de leite in natura a entidades sociais e organizações da periferia de Fortaleza.

“A Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária, realizada todos os anos no mês de abril, é marcada pela solidariedade e denúncia dos dezenove agricultores sem terra foram assassinados em Eldorado de Carajás, no dia 19 de abril de 1996”, divulgou em nota o Movimento dos Sem Terra. O lema escolhido neste ano foi: “Reforma Agrária contra a Impunidade: produzindo alimentos para o campo e a cidade”

A Pastoral dos Migrantes e Refugiados, Lar Amigos de Jesus, Casa Filho Pródigo, Recanto Sagrado Coração Coração de Jesus, Movimento dos Trabalhadores por Direitos, comunidade do Dendê, etnia potiguar e os bairros Cidade Jardim I e II foram algumas das entidades, comunidades, grupos sociais e bairros que receberam as doações. Os alimentos também foram distribuídos em Crateús, Crato, Jati e Mauriti.

“Diante da pandemia causada pelo vírus da covid-19, nossas ações trarão a defesa de políticas públicas e direitos sociais. Ações como esta demonstram a importância que têm a garantia da terra para quem trabalha”, justifica Neidinha Lopes, da direção estadual do MST. “O nosso compromisso é produzir alimentos saudáveis para quem mais precisa: é momento de solidariedade, de transformar o luto em força para combater os nossos inimigos”.

Aliados próximos

O Governo do Ceará e a Secretaria do Desenvolvimento Agrário são parceiros dos Sem Terra no Estado. Através da SDA, sete cooperativas regionais voltadas para comercialização e uma cooperativa estadual são contempladas com a implantação de projetos e implementação de políticas sociais. “Não defendemos um único produto agrícola, o que queremos é a diversidade da produção”, elucida Messias Bezerra.

“Por isso, vários projetos, inclusive aqueles apoiados pelo Projeto São José, asseguram a soberania alimentar das nossas famílias, como também a venda do excedente, para que possamos garantir ao povo cearense a venda dos alimentos dos camponeses que trabalham na terra e o bem-estar das famílias do campo”, complementa o também membro da direção estadual.

“Mais uma vez, o MST está demonstrando como podemos nos organizar para ninguém passar fome. Estão demonstrando capacidade e força da organização diante desse cenário de pandemia. Vocês são uma profecia para a nossa sociedade, agradeceu Irmão Idalina, da Pastoral dos Migrantes e Refugiados.