Hospital Waldemar Alcântara e UFC desenvolvem protetores faciais

28 de abril de 2020 - 14:47 # # #

Edwirges Nogueira - Ascom HGWA

O protetor facial conhecido como face shield é um Equipamento de Proteção Individual (EPI) imprescindível para reforçar a segurança dos profissionais de saúde que atuam no atendimento de casos de Covid-19. Uma parceria firmada entre o Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), do Governo do Ceará, e a Universidade Federal do Ceará (UFC) possibilitou a criação do modelo por meio de impressoras 3D.

Os equipamentos são desenvolvidos pelos integrantes da Oficina Digital do Departamento de Arquitetura, Urbanismo e Design da UFC, que produzem as peças de sustentação para o rosto em impressoras 3D. Os EPIs são finalizados com folhas de acetato, material transparente que serve de escudo, e ligas elásticas para fixar o equipamento à cabeça.

Depois de testados e validados pelo HGWA, os protetores faciais passaram a ser produzidos em maior escala e entregues às unidades da rede estadual. Até o momento, já foram distribuídos cerca de mil itens. “Nesse momento de urgência, existe uma escassez de equipamentos no mercado e é importante dar apoio aos profissionais da saúde para que o trabalho deles seja feito da melhor forma, minimizando os riscos”, destaca o professor Roberto Vieira, coordenador do projeto.

No HGWA, parte dos protetores faciais recebidos foi destinada às equipes multidisciplinares do Serviço de Assistência a Domicílio (SAD) para proteger pacientes e profissionais. “Muitos dos nossos pacientes apresentam bastante secreção porque são traqueostomizados, usam aerossol e ventilação mecânica. Nossa equipe está atendendo-os sob necessidade, com fisioterapia, avaliação médica e procedimentos de enfermagem. O protetor dá mais segurança para atendê-los nesses tempos de ameaça de infecção por coronavírus”, explica a diretora de Processos Assistenciais do HGWA, Ursula Wille Campos.

Doações

Para conseguir produzir face shields em uma escala que atenda à demanda das unidades de saúde, a Oficina Digital solicita doações de folhas de acetato, de filamentos para impressoras 3D ou de valores que subsidiem os trabalhos da equipe. “Nós temos máquinas e pessoas dispostas a trabalhar, mas não temos insumos nem recursos para comprar esses materiais. Tudo o que está sendo produzido só foi possível graças às doações”, ressalta Roberto Vieira.

Os interessados em ajudar o projeto podem acessar o perfil @oficinadigitaldaud no Instagram para saber como contribuir.