Plano de Atividades Domiciliares auxilia escolas a organizarem ações pedagógicas

10 de junho de 2020 - 14:59 # # # #

Bruno Mota - Ascom Seduc

As unidades de ensino da rede pública estadual cearense têm montado estratégias para assegurar a continuidade do processo de ensino e aprendizagem durante o período de distanciamento social. As ações nas escolas são norteadas por um Plano de Atividades Domiciliares (PAD), desenvolvido de forma individualizada, de acordo com a realidade própria de cada uma, sempre contando com a supervisão e o apoio das Coordenadorias Regionais de Desenvolvimento da Educação (Crede) e da Superintendência das Escolas Estaduais de Fortaleza (Sefor). Nesta sexta (12), o PAD será debatido em webinar, dentro da programação da “Conexão Seduc”.

Na Escola de Ensino Médio (EEM) Olímpio Sampaio da Silva, em Uruoca, área da Crede 4, a diretora Tatyanna Albuquerque observa que a objetividade, a organização e a clareza das informações constituem pontos chave no plano. “A finalidade é proporcionar, a quem estiver fazendo o acompanhamento, a possibilidade de enxergar as informações desejadas e seu caráter pedagógico”, frisa.

Para tanto, conforme Tatyanna, são cruzados os dados de rotinas internas, informados semanalmente pelos professores. “Cada membro do núcleo gestor se responsabiliza por acompanhar um bloco de turmas, fazendo as devidas articulações, dando feedbacks e zelando para que o aluno, diariamente, tenha suas atividades e conteúdos remotos garantidos”, explica.

“Quando uma ação é organizada e concatenada, os atores envolvidos compreendem e internalizam que, a partir deste viés, há um trabalho assertivo e eficaz. Com isso, a comunidade escolar se engaja e preza pelo bom andamento de toda a sistemática presente no PAD. A comunicação constante com esses atores é um fator primordial para o sucesso da ação”, conclui Tatyanna.

Áreas

Na EEM Dom Terceiro, em Boa Viagem, região da Crede 12, existem aproximadamente 1.600 alunos matriculados, incluindo a sede e oito extensões, estas localizadas na zona rural. A diretora da unidade de ensino, Necivalda Queiroz, comenta que o plano de atividades domiciliares tem como base o planejamento por área, havendo uma reunião semanal com os professores de cada setor.

“São vistos os conteúdos e preparadas as atividades, dando preferência ao livro didático, pois os alunos já têm esse recurso em casa. Quando não é utilizado o livro, preparamos arquivos com os devidos materiais, com links de pesquisa e videoaulas que possam dar suporte para a melhor compreensão do conteúdo, considerando a não aceleração de informação ou o acúmulo de conteúdos. Visamos ao bem-estar e à aprendizagem do aluno, considerando a qualidade, e não a quantidade”, expõe.

A principal estratégia de contato com os estudantes, de acordo com Necivalda, tem sido a utilização do Whatsapp, por ser um mecanismo com que eles já têm mais familiaridade e facilidade de acesso, inclusive na zona rural.

“De 7h às 11h30, os professores estão de plantão para encaminhar as atividades e dar as orientações. Posteriormente, os alunos devolvem as atividades respondidas e o professor faz a devida correção e dá o feedback. Existe um acompanhamento. Sabemos o total de alunos que recebeu e que devolveu as atividades respondidas. O que vemos como positivo é o envolvimento e retorno dos estudantes, apesar de todos os problemas e limitações que vêm enfrentado, como também o esforço e compromisso dos profissionais”, ressalta.

 

Ouça:

O Secretário Executivo do Ensino Médio e Profissional da Secretaria da Educação (Seduc), Rogers Mendes, fala da importância da estratégia e explica como se dá o processo.