Sesa reforça importância de prevenção às hepatites virais

6 de julho de 2020 - 15:27 # # # # #

Diego Sombra e Levi Aguiar - Ascom Sesa Texto
Jeorge Farias Artes Gráficas

A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) realiza, de forma permanente, ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais. Neste mês, a campanha Julho Amarelo chama a atenção da sociedade para a doença, tendo como foco principal a conscientização. “É extremamente importante prevenir, porque as hepatites virais têm tratamento garantido pelo SUS e são curáveis, principalmente se forem diagnosticadas precocemente”, explica a articuladora do Grupo de Trabalho de IST/ Aids da Sesa. Telma Martins.

A hepatite é uma inflamação que atinge o fígado, podendo causar alterações leves, moderadas ou graves no órgão. Cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras estão entre os sintomas. No entanto, em alguns casos, o paciente pode ser assintomático, ou seja, não apresentar sinais da doença, o que caracteriza uma infecção silenciosa.

“As hepatites virais são doenças silenciosas. Na fase aguda e mesmo na fase crônica da doença, as pessoas podem estar assintomáticas. Isso reforça a necessidade de procurar atendimento médico para que seja detectado o tipo de hepatite e o estágio em que a doença se encontra”, afirma Telma.

Prevenção

O uso do preservativo nas relações sexuais e o não compartilhamento de objetos de uso pessoal, como lâminas, alicates de unhas e seringas, são as principais medidas de controle das hepatites virais. A primeira etapa do tratamento é a consulta com o profissional de saúde, que fará a avaliação física do paciente e a solicitação de exames específicos. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza testes rápidos para detectar as infecções.

“É importante a vacinação contra a hepatite B por todas as pessoas, em todas as idades, e obrigatoriamente na gestação, considerando que a doença pode afetar o recém-nascido e, em mais de 90% dos casos, piorar o quadro de crianças com menos de cinco anos de idade. A hepatite C tem cura, e o tratamento se faz em curto espaço de tempo, com medicamentos eficazes e disponíveis para todos pelo SUS”, finaliza Telma Martins.

Em 2019, o Ceará registrou 534 casos de hepatites virais, sendo 13 de hepatite A; 217 de B, 300 de hepatite C, 3 de tipo D e 1 de tipo E. No primeiro semestre deste ano, foram contabilizados 59 casos de hepatite B e 55 do tipo C.

Formas de transmissão

A hepatite A é ocasionada por problemas de higiene sanitária e pessoal, sendo transmitida por via oral-fecal. Já os tipos B e C podem ser disseminados por objetos contaminados, como agulhas, lâminas e alicates de unha. A hepatite B também é transmitida sexualmente. Dessa forma, pode acontecer o contágio intrauterino, que ocorre quando a mãe transmite o vírus para o feto. A hepatite C é transmitida principalmente por transfusão de sangue, uso de drogas injetáveis e acidentes com objetos capazes de perfurar e cortar ao mesmo tempo.

Julho Amarelo

O Julho Amarelo faz referência ao 28 de julho, data escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a celebrar o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais. A campanha foi instituída em 2019 pela Lei 13.802. A OMS estima que uma a cada 20 pessoas sabe que está com algum tipo de hepatite viral.