Espaço Viva Gente retorna com atividades ao ar livre

27 de outubro de 2020 - 15:10 # # # # #

Ascom SPS

Entre os sons do tambor, do chorinho e do violão acontecem as aulas a céu aberto no Espaço Viva Gente. Coordenado pela Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), o equipamento que fica no Passaré retornou com as aulas presenciais e já contempla um público de 140 jovens e adultos, que além da música, pratica atletismo, futsal, karatê, dança e oficinas de costura, biscuit e informática. Além de adotar todas as medidas sanitárias de enfrentamento ao coronavírus, o equipamento passou a priorizar as aulas a céu aberto.

“O EVG tem muito espaço ao ar livre e para que retomássemos nossas atividades, precisamos olhar para essas possibilidades que a área oferece. Isso foi também muito importante, para lançarmos e estimularmos um novo olhar e uma nova relação com aquele espaço, com a natureza”, destaca o secretário-executivo da Proteção Social, Francisco Ibiapina.

Nas aulas de chorinho, que agora acontecem ao ar livre, embaixo das árvores do EVG, Camila Claudino (22) não esconde a alegria por poder tocar com os amigos de novo. “Eu estou muito feliz por poder voltar ao EVG com meu professor e minha turma. No início da pandemia, os medos e a ansiedade só não foram mais fortes porque estávamos sempre juntos nas aulas on-line, e a música me ajudou a superar a distância e o isolamento. Esse reencontro me fortaleceu ainda mais para seguir aprendendo o choro e continuar tocando o coração das pessoas com minha música”, conta Camila Claudino.

O professor Lindomar da Silva explica que a metodologia utilizada nas aulas on-line não contemplava só os temas sobre teoria musical ou introdução a algum instrumento novo, mas incluía muita psicologia e conversas com os alunos. “Nós sempre conversamos muito nas aulas e eu acho fundamental esses momentos em que eles podem desabafar sem medo, porque nós de fato somos uma família. Nas aulas on-line, eu tentei manter esse espaço de conversas e fluiu muito bem”, explica Lindomar.

O instrutor abre um sorriso de uma ponta à outra quando fala dos seus alunos. “É muito gratificante estar aqui no EVG de novo com eles e a sensação é de agradecimento por ver que todos estão bem, com saúde e força para seguir aprendendo o chorinho e levar a música para todos os lugares por onde eles passarem”, complementa Lindomar.

No campinho, ao lado das aulas de percussão, Vanessa Romão (15) não esconde a alegria pelo retorno das aulas de atletismo. A aluna que mora no Barroso treina no EVG desde os 10 anos de idade. “O EVG é uma segunda casa para mim, quando cheguei aqui eu treinava em outra modalidade, e aos poucos, fui me identificando com a marcha atlética. Hoje sou a única mulher da minha turma e tenho muito orgulho disso”, conta a aluna, que já foi campeã cearense e tirou 3° lugar Norte e Nordeste na modalidade de marcha atlética.

Instrutora de atletismo do EVG há mais de trinta anos, Conceição Nery conta que a pandemia foi um desafio para alunos e professores, mas foi também momento para novos aprendizados. Além do retorno com as aulas presenciais, Conceição é instrutora dos idosos nas aulas on-line. “Neste novo momento, a família toda se envolveu com as atividades on-line. Muitas das minhas alunas do grupo de idosos não têm celular, e os netos que também são nossos alunos emprestam o telefone para que suas avós participem das aulas. A pandemia também nos ensinou sobre coletividade e tenho percebido cada vez mais a força desse movimento. Eu me emociono muito enquanto educadora de fazer parte desse momento”, frisa Conceição Nery.

A orientadora da Célula de Programas e Projetos da SPS, Verônica Maciel, ressalta que o espaço atende, em média, 450 pessoas e com exceção de crianças com menos de dez anos e idosos, todos os outros públicos já retornaram aos atendimentos presenciais da casa. “A comunidade do Passaré e dos bairros mais próximos têm o EVG como uma segunda casa, um espaço de encontro, lazer e aprendizado. Estamos muito felizes de poder retornar gradualmente as aulas presenciais e contribuir para a capacitação e crescimento pessoal dos nossos alunos”, complementa Verônica Maciel.