Internos de cinco centros socioeducativos e nove unidade prisionais retornam às aulas presenciais

4 de novembro de 2020 - 16:56 # # # # # #

Juliana Sampaio - Ascom Seduc
George Braga - Fotos

As aulas presenciais para os internos de cinco centros socioeducativos de Fortaleza e de nove unidades prisionais da Região Metropolitana foram retomadas nesta terça-feira (3). O retorno gradual segue as diretrizes pedagógicas da Secretaria da Educação (Seduc), por meio da Coordenadoria da Diversidade e Inclusão Educacional (Codin), responsável pela política de Educação para Pessoas Privadas de Liberdade, e os protocolos sanitários da Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo (Seas) e Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).

A secretária da Educação, Eliana Estrela, destacou a importância da volta ao ensino presencial. “É muito importante e fundamental para essas pessoas o fato de continuar o atendimento educacional de forma responsável e com aprendizagem qualificada. Essa parceria da Seduc com a SAP e a Seas é essencial para garantir a efetividade dessa política educacional para pessoas privadas de liberdade”, ressaltou.

Um total de 739 presos dos 1.760 com matrícula na Escola de Ensino Fundamental e Médio Aloísio Léo Arlindo Lorscheider retornarão às atividades escolares. Os internos fazem parte do sistema prisional nos municípios de Itaitinga, Aquiraz e Pacatuba.
As aulas ocorrem em 27 salas, com a oferta de 54 turmas, sendo 18 de alfabetização; 32 de Ensino Fundamental – anos iniciais; duas de Ensino Fundamental – anos finais; e duas de Ensino Médio. O retorno ao presencial conta com a participação de 25 professores.

O coordenador de Educação da SAP, Rodrigo Moraes, ressalta o comprometimento da Pasta em garantir a disciplina e proteção dos alunos. “A SAP vem observando rigorosamente todos os protocolos sanitários e por essas medidas podemos garantir o retorno das aulas presenciais no cárcere. Desta forma, garantindo ao interno a retomada dos estudos e possibilidade de uma melhor condição de retorno à sociedade”, afirma o coordenador.

No caso dos centros socioeducativos, as aulas presenciais serão ofertadas para 80% dos internos das unidades Canindezinho, Dom Bosco, Aldaci Barbosa, Patativa do Assaré (Cepa) e Cardeal Aloísio Lorscheider (Cscal), que seguem a gerência pedagógica do Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) José Walter. A proposta das aulas, que inclui o ensino híbrido (presencial e a distância), estrutura os conteúdos escolares adaptando-os ao atual contexto, buscando acolher social e emocionalmente estudantes e professores.

“Foi pensada em uma metodologia de ensino de projetos pelo Ceja para que os estudantes tenham uma educação prazerosa, na qual eles sejam estimulados a pensar e a elaborar também as estratégias de aprendizagem”, destaca a assessora técnica de Educação da Seas, Aparecida Costa.

A Seduc atende a 419 adolescentes e jovens socioeducandos de oito centros socioeducativos de Fortaleza. São 398 internos matriculados nos anos finais do Ensino Fundamental e 21 no Ensino Médio. As aulas acontecem em 32 salas e contam com 29 professores. Já a Secretaria Municipal de Educação de Fortaleza (SME) atende a 78 socioeducandos, matriculados nas turmas de alfabetização e anos iniciais do Ensino Fundamental.