HM integra estudo nacional sobre tratamento de disfunções cardíacas
17 de novembro de 2020 - 14:34 #cardiologia #disfunções cardíacas #Hospital de Messejana #saúde #Sesa
Jéssica Fortes - Ascom do HM - Texto e Foto
O Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), do Governo do Estado, integrou um estudo clínico nacional sobre o tratamento de disfunções cardíacas. Coordenada pelo Hospital do Coração de São Paulo (Hcor), a pesquisa foi realizada com 49 centros de referência cardiológica de todo país e publicada no periódico científico The New England Journal of Medicine. Acesse o ensaio aqui.
O ensaio clínico teve como objetivo testar a eficácia do anticoagulante rivaroxabana em comparação à varfarina, até então única medicação usada em pessoas com as doenças cardíacas fibrilação atrial e prótese biológica mitral. Divididos em dois grupos, 22 pacientes do HM foram acompanhados por três anos para que os pesquisadores pudessem avaliar os efeitos de cada medicamento.
O estudo mostrou a eficiência do rivaroxabana na diminuição da incidência de acidentes cardiovasculares (AVCs), das reinternações, da mortalidade e das internações por insuficiência cardíaca. “É um resultado de bastante impacto, uma vitória para a ciência. Um estudo que pode modificar os protocolos nacionais e internacionais e terá grande impacto na saúde dos pacientes acometidos por estas disfunções cardíacas”, ressalta o coordenador da Unidade de Insuficiência Cardíaca e Transplante do HM, João David de Souza Neto, responsável por conduzir a pesquisa na unidade.
Investimento em pesquisa
Em julho, o HM integrou outra grande pesquisa em parceria com o Hcor. Também publicado no publicado no The New England Journal of Medicine, o estudo envolveu hospitais de todo o país e analisou a eficácia da hidroxicloroquina no tratamento de pessoas com quadro leve e moderado de coronavírus no país.
A pesquisa durou três meses e concluiu que, entre os pacientes hospitalizados, o uso de hidroxicloroquina isoladamente – ou associado à azitromicina – não melhorou o estado de saúde das pessoas em comparação ao tratamento padrão, feito sem a dispensação do medicamento.
“Apesar de todas as dificuldades da nossa região, nós temos grande potencial para pesquisa e isso vem chamando atenção. Com envolvimento e esforço conjunto, nós poderemos ter ainda outras grandes publicações, tanto nacionais quanto internacionais”, destaca João David , ressaltando o investimento do hospital em produção científica.