Ipece aponta crescimento na frequência escolar de jovens no Ceará no 3º trimestre de 2020, apesar da Covid-19

30 de dezembro de 2020 - 11:06 # # # # #

Pádua Martins, Ascom Ipece - Texto
Thiara Montefusco - Foto

 

No terceiro trimestre de 2020, os indicadores de frequência escolar mostram um forte crescimento da proporção de jovens entre 15 e 29 anos frequentando a escola em relação ao mesmo trimestre do ano passado. A variação foi de 8%, ou seja, subiu de 36,7% para 39,7%. Já na faixa de 15 a 17 anos, a evolução foi de 4,6%, saindo de 90,8% para 95% em um período de 12 meses e de 13,7% no longo prazo: de 83,5% no terceiro trimestre de 2012 para 95% em igual período este ano. Já quando se restringe aos jovens de 15 a 17 anos frequentando o ensino médio, a taxa de frequência escolar líquida tem crescimento ainda maior: a variação, em 12 meses (entre o terceiro trimestre de 2019 e o terceiro trimestre de 2020) foi de 9,2%, saindo de 67,8% para 74%.

No longo prazo, o crescimento foi de 37,6%, ou seja, de 53,8% em 2012T3 para 74% em 2020T3. O estudo também revela que a proporção de jovens de 15 a 17 anos que completaram o ensino fundamental cresceu 5,9% entre 2019T3 e 2020T3, enquanto a proporção de jovens entre 18 e 29 que completaram o ensino médio cresceu 9,7% no mesmo período. Os números – e muitos outros – estão no Boletim Trimestral da Juventude (nº 03/2020) publicado pela Diretoria de Estudos Sociais (Disoc) do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado do Ceará.

O crescimento da proporção de jovens entre 18 e 29 anos com ensino superior completo cresceu 28,6% no curto prazo, saindo de 14,3% em 2019T3 para 18,3% em 2020T3. No longo prazo, essa proporção mais do que dobrou, saindo de 8,8% em 2012T3 para 18,3 em 2020T3. Houve uma elevação no número médio de anos de estudos de 3,5% no curto prazo (entre 2019T3 e 2020T3) e de 14,3% no longo prazo (entre 2012T3 e 2020T3), alcançando uma média de 11,6 anos de estudos. Esse valor médio está muito próximo da média nacional que é de 11,8, e é superior a média regional de 11,2 anos de estudo.