Prevenção contra dengue, zika e chikungunya reduz fluxo nas unidades de saúde
9 de março de 2021 - 11:54 #alerta #chikungunya #chuvas #dengue #diagnóstico #prevenção #zika
Suzana Mont'Alverne - Ascom Sesa - Texto
Fabio dos Santos - Ascom Sesa - Arte gráfica
O período de chuvas levanta um alerta para os cuidados com as arboviroses. E a prevenção é a forma mais eficaz de evitar o contágio e a proliferação de dengue, zika e chikungunya. Com 1.985 casos suspeitos notificados no Ceará nos dois primeiros meses deste ano, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) orienta a população a tomar as medidas necessárias para evitar doenças infecciosas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, principalmente durante a pandemia de Covid-19, em que fluxo nas unidades de saúde é maior.
Do total de casos notificados no Ceará entre janeiro e fevereiro de 2021, 1.763 foram notificados como dengue (518 foram confirmados). Apenas um caso grave foi apontado, no município de Viçosa do Ceará. As demais arboviroses, zika e chikungunya, representam 171 e 51 notificações do total de casos (31 e 16 casos foram confirmados para as doenças, respectivamente). Em comparação ao mesmo período do ano passado, que teve 5.835 casos notificados, foi observada uma redução de 66% no número de notificações por arboviroses no Estado.
A notificação ocorre a partir da suspeita de um caso da doença, de acordo com a definição estabelecida pelo Guia de Vigilância Epidemiológica. Enquanto a confirmação ocorre após definição de critério laboratorial, clínico ou clínico epidemiológico de acordo com o cenário.
Compreendendo a importância de driblar a transmissão das doenças, a Sesa documentou, por meio do Plano de Enfrentamento de Arboviroses de 2021, medidas para ações efetivas de prevenção nos municípios. “A publicação explana sobre a necessidade de estratégias de educação, comunicação e mobilização social para que seja alertado que a prevenção das arboviroses e a eliminação dos criadouros do Aedes aegypti depende de cada um”, afirma Bruna Holanda Duarte, assessora técnica do setor de Controle Vetorial das Arboviroses e Malária da pasta da saúde.
Às gestões municipais, cabe também o monitoramento de notificações e priorização de controle nas áreas de maior risco. “É imprescindível evitar o adoecimento por arboviroses como prevenção para evitar a busca por atendimento nas unidades de saúde”, argumenta a assessora técnica.
Prevenção e diagnóstico
Cuidados simples podem evitar o contágio das doenças. “Encher de areia os pratinhos das plantas, jogar no lixo os objetos que não estão sendo utilizados e que podem acumular água, por exemplo”, indica Raquel Magalhães, orientadora da Célula de Vigilância Epidemiológica da Sesa. A vedação das caixas d’águas, tonéis e barris de água, bem como evitar o acúmulo de água sobre as lajes também são recomendados.
“As residências que possuem piscinas ou fontes precisam manter a manutenção em dia, sempre utilizando os produtos químicos apropriados, além de manter limpa a bandeja do ar-condicionado para evitar o acúmulo de água. Enfim, eliminar qualquer recipiente que possa acumular água e que venha a tornar-se um potencial criadouro para o mosquito”, complementa Bruna Duarte.
O diagnóstico das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti é feito com exame de sangue. “Com a coleta de sangue, são feitas as sorologias para identificação dos anticorpos da doença, dengue, zika ou chikungunya, e PCR para o isolamento viral de dengue”, explica Raquel Magalhães.