Rodada Internacional de Negócios da Moda tem início com inscrições de 20 países

13 de abril de 2021 - 16:38 # # # # # # #

Ascom Sedet e Adece - Texto e Fotos


Com inscrições de empresas oriundas de 20 países diferentes, foi iniciada nesta terça-feira (13), a 1ª Rodada Internacional Virtual de Negócios de Confecção, Têxtil e Calçados. O evento virtual e gratuito acontece até esta quinta-feira (15) e tem o objetivo de expandir negócios de empresas de todo o Nordeste para o mercado internacional.

Iniciativa do Governo do Ceará, o projeto integra o programa Ceará ao Cubo, da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet) e Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece). O evento conta ainda com a realização do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), responsável pela disponibilização da ferramenta Business Matchmaking, capaz de conectar empresas cearenses e de demais estados do Nordeste aos compradores internacionais.

O evento teve início com 112 empresas inscritas, sendo 79 fornecedores e 33 compradores de países como Argentina, Alemanha, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, Estados Unidos, Guadalupe, Guatemala, Guiana, Haiti, Jamaica, Nicarágua, Peru, Suriname, Trinidad e Tobago e Uruguai.

A força do segmento de moda cearense no cenário brasileiro foi destacada pelo titular da Sedet, Maia Júnior, durante a cerimônia virtual de abertura. “O Ceará é o quinto no segmento de têxtil e confecções. Somos o segundo produtor de calçados. Os dois juntos empregam mais de 100 mil funcionários formais, além de toda uma cadeia econômica bem instalada”, disse.  Maia destacou ainda a retomada do crescimento da produção de algodão no Estado e as perspectivas de expansão do setor.

O representante do BID no Brasil, Morgan Doyle, ressaltou que o Ceará está se destacando por desenvolver uma série de projetos ambiciosos para promover exportação e atrair investimentos, como o Ceará ao Cubo, do Governo do Estado, e o Ceará Global, da Câmara Setorial de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro. “No Ceará, o setor de têxtil e de confecções é a principal atividade econômica em 20 cidades do interior do Estado, empregando mais de 200 mil pessoas”, completou.

Conforme Anjoum Noorani, conselheiro da Embaixada do Reino Unido no Brasil, o Ceará é um aliado estratégico, um estado com cultura, dinâmico, com bons indicadores na economia, educação e infraestrutura. “Queremos apoiar a conexão entre empresas internacionais com pequenas e medianas do Ceará. Acreditamos no comércio internacional para aumentar produtividade e competitividade. Acreditamos em uma oportunidade aqui. As empresas pequenas e medianas no Brasil representam somente 3% das exportações do total e isso pode crescer. A experiência no Reino Unido mostra que ajudar essas empresas ajuda também na economia”, contextualizou.

A importância de estar sempre realizando eventos do tipo foi pontuada pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Ricardo Cavalcante. “Precisamos procurar sempre novos negócios, auscultar o que está ocorrendo no mundo e o que o mundo está comprando. Temos dentro do nosso Centro Internacional de Negócios, que hoje é o mais bem estruturado do País, ligação com todos os bancos de dados do mundo, junto ao nosso Observatório da Indústria”, completou.

A necessidade das micro e pequenas empresas ampliarem as exportações brasileiras foi pontuada pelo representante da Apex-Brasil na Região Nordeste, Sérgio Ferreira. “Ainda não são tão representativas quanto gostaríamos no nosso país, mas há um grande espaço para que possam ser cada vez mais, de forma que a região Nordeste, historicamente mais importadora do que exportadora, possa cada vez mais ampliar sua cultura exportadora e fazer das exportações uma grande vertente de pujança e de desenvolvimento estadual, regional e, consequentemente, nacional”.

Palestra

‘O Futuro da Moda Pós-pandemia’ foi tema da palestra de abertura da rodada. Falou sobre o assunto Celina Hissa, à frente da marca Catarina Mina. Mestre em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Celina desenvolve trabalhos investigando a produção artesanal brasileira, dentre eles exposições de arte, design e outros. Está há 12 anos à frente da marca de bolsas que trabalha com comunidades de artesanato e se destaca pela visão sustentável no mercado da moda.

Apoio

São parceiros do evento a Apex-Brasil, o Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Ceará (FIEC), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Ceará (Sebrae), Câmara Setorial da Moda, Universidade de Fortaleza (Unifor) e Fórum das Câmaras Estrangeiras do Ceará.