Sorriso estampado: crachás personalizados geram empatia e aproximam profissionais de saúde do HGCC de pacientes com Covid-19

14 de abril de 2021 - 10:26 # # # # # # # #

Wescley Jorge - Ascom HGCC - Texto

“A identificação visual dos profissionais, com um sorriso estampado na foto, nos dá segurança”, afirma a paciente Janaína Pereira, de 32 anos

Identificar quem cuida do paciente. Visualizar o rosto da pessoa que está por trás da máscara, dos óculos, do protetor facial, do avental impermeável. Com os crachás personalizados, fixado em tamanho maior nas vestimentas dos profissionais do Eixo Obstétrico Covid-19 do Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC), equipamento da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), a distância entre pacientes acometidos pela doença e trabalhadores da saúde é encurtada. O tratamento, por sua vez, se torna mais humanizado.

Com a pandemia de coronavírus, a prevenção contra infecção é ainda mais intensa. Daí a necessidade de não usar adornos, como crachá funcional, durante atendimento na unidade hospitalar. Com todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), os profissionais ficam totalmente irreconhecíveis e, por isso, as pacientes não conseguem saber quem são os responsáveis pelo cuidado.

Para aproximar as pessoas internadas dos trabalhadores de saúde, os profissionais passaram a utilizar uma foto, geralmente mais descontraída, sempre com um sorriso, juntamente com nome e função. “Eu vi num seriado. Achei interessante trazer para a nossa realidade. O objetivo é fazer com que as pacientes conheçam quem está por baixo, quem somos. Vi amigos serem internados e não saberem quem cuidou deles”, diz a obstetra Sabrina Forte.

Referência no tratamento de Covid-19 em obstetrícia, o HGCC dispõe de leitos de enfermarias e Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para atendimento a gestantes e puérperas

A paciente Janaína Brito dos Santos Pereira, de 32 anos, gestante de 30 semanas, está internada desde o dia 6 de abril para tratamento da Covid-19. Ela conta que, apesar de estar bem assistida pela equipe hospitalar, sente falta de saber quem cuida delas, de ver o sorriso do outro lado – além do que é transmitido pelo olhar. “Os profissionais estão todos muito bem paramentados, tomando todos os devidos cuidados. Isso nos impede de conhecê-los melhor, pelo sorriso, por exemplo, que transmite aos pacientes certa tranquilidade de estarmos sendo bem recebidas e cuidadas. A identificação visual dos profissionais, com um sorriso estampado na foto, nos dá segurança”, afirma Janaína.

A identificação, menos institucional, favorece a relação entre pacientes e profissionais, principalmente em meio ao isolamento e à distância da família. “Nosso crachá foi feito com objetivo de melhorar o vínculo com as pacientes, tornar o cuidado mais humanizado, já que elas se encontram longe da família e dos amigos. Os pacientes nos identificam por trás de todo o aparato de proteção e, assim, podem ver nosso sorriso e nos chamar pelo nome”, explica a enfermeira Janna Nogueira. “É muito gratificante o reconhecimento. São pessoas cuidando de pessoas”.