Corpo de Bombeiros orienta população como lidar com ataque de abelhas

27 de abril de 2021 - 09:50 # # # # #

Ascom do CBMCE -Texto

Iniciativas adotadas para agir após um ataque de um enxame de abelha podem reduzir os danos causados pelas picadas. A princípio, apenas em situação de ameaça de sua colmeia que as abelhas apresentam comportamento agressivo. Ou seja, elas só atacam para defender o local de moradia dela e da família. Entretanto, no verão, com as colmeias mais populosas, um ataque pode ser provocado por qualquer tipo de perturbação. O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE) dá dicas de como lidar com ataques desses insetos.

As abelhas buscam um local tranquilo para fazer sua colmeia. Em áreas urbanas, o Corpo de Bombeiros tem encontrado colmeias alojadas em sofás velhos, caixas de papelão jogados em terrenos baldios, pedras, ocos de árvores, forro de casas e galpões. “A intensidade com que as abelhas defendem sua colmeia depende de fatores genéticos e principalmente do estágio de desenvolvimento da colônia. Quanto mais forte a colônia, melhor é seu sistema de defesa”, informa o comandante do Batalhão de Busca e Salvamento (BBS), o tenente-coronel Albert Arruda.

O aparecimento repentino de um amontoado de abelhas em troncos de árvores ou beiradas de casas é comum no verão, período em que os insetos buscam novos pontos para se estabelecer. “Nesses casos em que as abelhas não estão instaladas, dificilmente ocorrerá um ataque maciço delas. Mesmo assim, é recomendado não se aproximar, fazer ruídos ou mexer com elas. Dentro de um prazo de no máximo uma semana elas sairão do local seguindo seu destino. Caso esteja em local que precise de acesso ou tenha presença de crianças e animais presos, é necessário contatar um profissional para remoção do enxame”, alerta o comandante.

O que fazer em caso de ataque de abelhas africanizadas?

O Corpo de Bombeiros reforça que ruídos, odores fortes, tremores, vibrações e movimentos rápidos chamam a atenção das abelhas. Entretanto, quando se sentem ameaçadas, elas atacam todos que estiverem nas redondezas. Os sintomas após a picada variam entre a vermelhidão e até óbito, a depender do caso e da rapidez para atendimento.

Veja as dicas do Corpo de Bombeiros:

– Afaste-se da colmeia o mais rápido possível e sem fazer barulho;
– Caso seja atacado, fuja. Se conseguir, corra para dentro de uma plantação em movimento “zig-zag”, e só pare quando tiver absoluta certeza que elas não estão atrás de você;
– Se estiver próximo a um rio, lagoa ou piscina, mergulhe;
– Quando estiver protegido, tente socorrer quem estiver sendo atacado com uma coberta ou algo parecido, assegurando que você não sofrerá nenhum risco;
– Independente do total de ferroadas, caso a vítima apresente sintomas como queda de pressão, falta de ar, aparecimento de manchas avermelhadas pelo corpo ou outro sintomas, o atendimento médico de emergência deverá ser imediato.

Primeiros socorros

Sem a possibilidade de atendimento médico imediato, recomenda-se proceder conforme o descrito abaixo:

– Retirar imediatamente os ferrões para evitar que todo o veneno seja injetado na vítima. Para isso, não utilize o dedo ou pinça, a fim de não comprimir a bolsa de veneno. Recomenda-se retirar os ferrões com o auxílio de uma lâmina de canivete ou faca, raspando cuidadosamente rente à pele;

– Lavar abundantemente os locais atingidos com água corrente, sem esfregar a pele para não espalhar mais rapidamente o veneno;

– Aplicar bolsas de gelo no local das picadas para diminuir o inchaço;

– Aplicar no local das ferroadas, sem esfregar, uma pomada com antialérgico e analgésico para amenizar as dores;

– Nos casos de pessoas alérgicas e nos pacientes que não estão passando bem, procurar atendimento médico com urgência.

Dicas para os apicultores

Em áreas urbanas, deve-se evitar ao máximo a instalação de colmeias. Ao instalar o apiário, o CBMCE recomenda que o apicultor observe as seguintes distâncias mínimas de habitações, estradas, animais presos e locais de circulação de pessoas:

– Apiários com até 10 colmeias: 150 metros quando existir uma barreira com florestas ou outras e 300 metros em locais sem barreiras;
– Apiários com mais de 10 colmeias: 200 metros quando existir barreira e 300 metros em locais sem barreiras.