Asma: limpeza do ambiente e cuidados com alimentação podem prevenir crises

4 de maio de 2021 - 17:22 # # # # #

Jéssica Fortes - Ascom Sesa - Texto
Fabio dos Santos - Arte Gráficas

Chiado no peito, tosse, respiração rápida e curta, dificuldade para respirar e desconforto torácico. Estes são alguns sintomas da asma, uma das doenças respiratórias crônicas (DRC) mais comuns na população brasileira. Segundo dados do Ministério da Saúde, a asma é uma das principais causas de internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar da prevalência, no entanto, é possível diminuir as crises – e, consequentemente, as hospitalizações.

No Dia Mundial de Combate à Asma, neste 4 de maio, o Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM), da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), ressalta a importância de informar a população sobre a doença que, apesar de não ter cura, pode ser controlada e tornar-se menos aguda.

A asma acomete pessoas de qualquer idade, mas é comumente diagnosticada na infância. A causa exata da doença ainda não é conhecida, mas acredita-se que um conjunto de fatores, como genéticos (história familiar de alergias respiratórias – asma ou rinite) e ambientais, podem ser responsáveis pelo seu surgimento.
“Os principais fatores de risco são o fumo e a exposição a produtos irritantes: pólen, mofo, ácaros, fumaça de cigarro, poluentes do ar, gases químicos, inseticidas, poeiras e até determinados alimentos. Resfriados, gripes, estresse emocional e a prática de alguns exercícios sem acompanhamento profissional também podem desencadear crises asmáticas”, explica a pneumologista e coordenadora do Programa de Controle da Asma Grave e de Difícil Controle do HM (Procam), Isaura Espínola.

Cuidados

Tratando da forma adequada, os sintomas podem melhorar e até mesmo desaparecer ao longo do tempo. Por isso, é fundamental fazer acompanhamento médico correto e constante – assim, a maioria das pessoas com asma pode levar uma vida absolutamente normal. Além dos medicamentos, é necessário medidas educativas e de controle dos fatores que disparam a crise da asma.

Diante do contexto de pandemia de Covid-19, é de extrema importância que os pacientes mantenham seus tratamentos e não descontinuem as medicações para controlar a asma. “Os pacientes com asma grave precisam ter cuidado redobrado, pois são grupo de risco e podem ter complicações se contraírem a Covid-19. Por isso, fazem parte do grupo prioritário da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Covid-19 e serão vacinados nesta 3° fase”, indica Espínola.

Procam

O programa conta com uma equipe de profissionais de saúde altamente capacitada para tratar pacientes com problemas mais complexos relacionados à asma.

“Durante a pandemia, os acompanhamentos estão ocorrendo por meio de teleconsultas. Nós ligamos para o paciente, fazemos uma avaliação, renovamos receitas e, quando necessário, solicitamos o retorno presencial. Principalmente daqueles casos mais graves, que necessitam de um acompanhamento ou intervenção mais efetiva”, pontua a pneumologista.