Agentes de Gestão e Inovação apoiarão escolas nos ensinos remoto e híbrido

5 de maio de 2021 - 11:31 # # # # # # #

Bruno Mota - Ascom da Seduc - Texto

Em busca de aprimorar o processo de ensino e aprendizagem na rede pública estadual, levando em conta a demanda por novos repertórios didáticos e considerando a necessidade de manutenção do distanciamento social, a Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) criou mais um mecanismo de apoio às escolas estaduais no que diz respeito ao funcionamento dos ensinos remoto e híbrido. Professores e gestores escolares contarão com o apoio dos Agentes de Gestão da Inovação Educacional (AGI), profissionais que auxiliarão no planejamento e implementação de práticas pedagógicas envolvendo as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC).

Os AGIs foram selecionados por meio de chamada pública, realizada entre março e abril deste ano, e desenvolverão suas atividades em cada uma das 20 Coordenadorias Regionais de Desenvolvimento da Educação (Credes) e Superintendência das Escolas Estaduais de Fortaleza (Sefor). A iniciativa faz parte do Projeto Educação Híbrida para a rede estadual cearense, construído pela Seduc em parceria com o Instituto Unibanco e o Programa Cientista-Chefe, da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap).

Entre as funções dos AGIs, está a de propor materiais e soluções pedagógicas para o uso das tecnologias digitais aplicadas à Educação, observando o contexto de cada escola. Além disso, o AGI tem a atribuição de fortalecer os processos formativos junto aos professores acerca do uso de metodologias e a utilização de plataformas digitais aplicadas à Educação.

Novas possibilidades

Eli Sales foi um dos agentes selecionados e prestará auxílio a escolas da Crede 6, sediada em Sobral. O educador acredita que é preciso preparar os professores não apenas para o manuseio das ferramentas tecnológicas, como também para a forma como os conteúdos serão apresentados aos alunos, de maneira que se tornem mais atrativos e interessantes.

“Vivemos numa sociedade com novas tecnologias sendo criadas a toda hora. Ainda que os alunos, nativos digitais, já conheçam e utilizem esses recursos como algo natural, vários professores ainda estão em processo de aprendizagem e formação para o uso das ferramentas. Contudo, não somente a utilização das tecnologias irá auxiliar o ensino, e sim, a forma como elas serão representadas, considerando sempre a abordagem pedagógica. Jogos educativos, vídeos interativos e outras ferramentas podem significar uma vasta possibilidade para o professor, além de gerar curiosidade nos jovens”, explica.

Sâmia Araújo irá atuar como AGI em escolas da Sefor 2, situadas na capital cearense. A educadora diz que pretende apoiar e mediar o uso pedagógico das tecnologias digitais junto aos professores.

“Buscarei compartilhar e aprender com os meus pares, em uma ação conjunta que possa contribuir, a partir de estratégias de ensino, no desenvolvimento de aprendizagem significativa. Corroborando com Paulo Freire, ‘educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas mudam o mundo’. É isso que espero deste trabalho: contribuir para a mudança das pessoas para mudarmos o mundo, pois esta é a função social da educação”, ressalta.

Efeitos

A secretária executiva do Ensino Médio e Profissional da Seduc, Jucineide Fernandes, observa que a medida terá repercussões imediatas e a longo prazo. “O projeto pretende, nos próximos 10 anos, gerar uma inovação na Educação do Ceará, por meio do protagonismo dos estudantes, atendendo às perspectivas educacionais do século XXI. Neste momento, em cada regional e escola, o AGI tem como objetivo dar apoio aos professores no desenvolvimento de competências digitais para o fortalecimento dos ensinos remoto e híbrido”, esclarece.

O Projeto de Educação Híbrida sustenta-se, principalmente, no objetivo de implementar o ensino híbrido nas escolas cearenses. Neste sentido, busca atender às necessidades de aprendizagens dos cidadãos que vivem em uma sociedade digitalizada, compreendendo também as desigualdades de acesso às tecnologias.

A Seduc já vem pondo em prática uma série de medidas visando a este propósito, desde o ano de 2020. Entre elas, a inserção da Coordenadoria de Formação Docente e Educação a Distância (Coded/CED) na estrutura organizacional da Secretaria. A modernização do processo de ensino e aprendizagem, fomentado pela formação docente, é outra iniciativa a ser destacada, ao promover o desenvolvimento de competências para o uso crítico e consciente das TDICs no apoio à educação. A oferta do Itinerário Formativo: Competências
Digitais para a Docência, por sua vez, segue o mesmo intuito de apoiar os professores no desempenho de seu trabalho.

Além disso, a Seduc adquiriu kits multimídia para as unidades de ensino, compostos por computadores, câmeras e tripés, para a gravação e transmissão de aulas remotas.

Por outra via, a Secretaria comprou e distribuiu 338 mil chips com pacote de dados móveis aos alunos, buscando proporcionar o acesso à internet a todos. Ademais, estão em fase de aquisição aparelhos de tablet, para garantir que os alunos tenham o dispositivo necessário ao acompanhamento das aulas e atividades remotas.