Ceará aplica cerca de 3 milhões de vacinas contra a Covid-19; Estado garante reserva técnica para segundas doses

7 de junho de 2021 - 16:10 # # # # #

Ascom da Sesa - Texto
Nívia Uchoa, Thiara Montefusco e Helene Santos - Ascom Casa Civil - Fotos

Desde o início da vacinação contra o coronavírus, o Estado estruturou uma logística para garantir que os imunizantes cheguem o mais rápido possível às salas de vacinação

O Ceará já aplicou cerca de 3 milhões de vacinas contra Covid-19 desde o início da campanha de imunização contra a doença, em janeiro deste ano. Ao todo, 4.002.190 doses desembarcaram no Estado, conforme a ferramenta de transparência Vacinômetro, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). A diferença entre doses recebidas e aplicadas é resultado da reserva técnica – que deve existir para assegurar as segundas doses e suprir eventuais ocorrências que comprometam a disponibilidade dos imunizantes, como já ocorreu uma vez com as vacinas da CoronaVac/Sinovac/Butantan.

A cada remessa aos estados, o Ministério da Saúde (MS) especifica a quantidade destinada como 1ª Dose (D1) e aquela reservada para a 2ª Dose (D2). Os imunizantes AstraZeneca e Pfizer têm o reforço agendado para 12 semanas após D1. O Ceará está entre os estados com maior aplicação proporcional de D1 do Brasil e é o primeiro do Nordeste em taxa de aplicação de D2.

No Vacinômetro, a população tem acesso à quantidade de lotes de vacinas que chegaram ao Estado, além de informações sobre distribuição e aplicação dos insumos. O Plano de Operacionalização para Vacinação contra a Covid-19 também está disponível na plataforma.

Rotas da vacina

Desde o início da vacinação contra o coronavírus no Ceará, o Estado estruturou uma logística para garantir que os imunizantes cheguem o mais rápido possível às salas de vacinação. Por isso, por meio da Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadim), equipamento da Sesa, definiu rotas aéreas e terrestres para garantir que os imunobiológicos sejam distribuídos às 22 Áreas Descentralizadas de Saúde (ADSs) e, depois, aos municípios cearenses. O transporte dos insumos tem apoio da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

Sputnik V

Na última sexta-feira (4), a Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a importação excepcional e o uso controlado da vacina Sputnik V pelos estados brasileiros, dentre estes o Ceará. A decisão foi tomada durante a 9ª Reunião Extraordinária Pública de 2021 do órgão federal e permite ao Estado dar um importante passo para vencer a luta contra a pandemia da Covid-19. O Governo do Ceará se planejou e, em março deste ano, antecipou a negociação de mais de 5,5 milhões de doses do imunizante com o Fundo Soberano Russo.

Uma série de condicionantes e responsabilidades na distribuição, armazenamento, manuseio e aplicação das doses da Sputnik V deve ser atribuída aos estados importadores

As doses chegarão ao Ceará para aplicação observada em adultos saudáveis e acompanhamento ativo de eventos adversos. O Governo aguarda confirmação oficial por parte da Anvisa de detalhes da operação. Após esta etapa, a efetivação da importação também depende do protocolo legal do Ministério da Saúde, que pode optar por liberar o total das mais de 5,5 milhões de doses para uso no Ceará ou comprar as doses do Estado e distribuir nacionalmente.

Atribuições

A compra dos imunobiológicos e a distribuição aos estados é competência da União. Ao governo federal cabe também a definição dos grupos prioritários e as demais estratégias da campanha de vacinação.

Com as determinações nacionais estabelecidas e os imunizantes em solo cearense, por exemplo, é dever do Governo do Ceará, por meio da Sesa, estabelecer a logística da distribuição das vacinas, seringas e agulhas aos municípios, além do armazenamento prévio dos insumos. O Estado também é encarregado pela consolidação e análise dos dados fornecidos pelas prefeituras e pelo repasse das informações ao Ministério da Saúde (MS).

As prefeituras municipais são responsáveis, por sua vez, por aplicar as vacinas distribuídas pelo Estado, conforme estabelecido no Plano Nacional de Imunização (PNI). As gestões dos municípios devem, ainda, gerenciar o estoque das vacinas e outros insumos, bem como armazenar e distribuir os imunizantes para as salas de vacinação.