Hemoce oferece assistência a pessoas com Doença falciforme e celebra Dia de Conscientização com transmissão ao vivo
16 de junho de 2021 - 17:28 #doença falciforme #prevenção #saúde #Sesa
Natássya Cybelly - Ascom Sesa Texto
Roberto Melo Arte gráfica
O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará, (Hemoce), equipamento vinculado à Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), realizará nesta quinta-feira (17) uma transmissão ao vivo pelo YouTube, a partir das 14h, para discutir temas ligados à doença falciforme – que tem Dia Mundial de Conscientização marcado neste sábado (19). O hemocentro atende cerca de 500 pacientes com doença falciforme.
Na programação online, pacientes, familiares e equipe disciplinar do Hemoce vão falar sobre os sintomas, tratamento e como ter mais qualidade de vida convivendo com o diagnóstico. Um dos participantes da live, o auxiliar administrativo Wendel de Sousa é acompanhado pelo Hemoce em Fortaleza desde os 18 anos. “Nesses seis anos acompanhado pelo Hemoce, minha qualidade de vida melhorou bastante, pois o suporte que o Hemoce oferece em relação a exames, entrega de medicamentos, marcação de consulta, além da disponibilidade de profissionais para me dar assistência, faz com que eu tenha esse diferencial nos cuidados da minha saúde”, conta Sousa, de 24 anos.
Atendimento na Rede Sesa
Na Rede Sesa, o Hemoce e o Hospital Infantil Albert Sabin (Hias) são referências no tratamento da hemoglobinopatia hereditária. Pacientes de zero a 18 anos são acompanhados pelo Hias. A partir de 19 anos, o tratamento é continuado na unidade do Hemoce em Fortaleza e nos hemocentros do interior do Ceará.
Wendel recebeu a assistência dos dois órgãos públicos. “Eu ter tido esse primeiro acompanhamento no Albert Sabin foi de suma importância, pois era tudo muito novo tanto pra mim, que era apenas uma criança, e para meus pais, que, na época, não sabiam nem da existência da anemia falciforme”, relata.
“Então, o Albert Sabin foi o primeiro contato que tivemos na orientação do tratamento. Quando cheguei ao Hemoce, fui super acolhido desde o primeiro dia, pois os profissionais me receberam muito bem, do momento que conversei com a assistente social até a conversa com as enfermeiras e a consulta com o médico”
A digital influencer Simone Bruna, que nas redes sociais desenvolve conteúdo sobre como conviver e superar a doença falciforme, também irá participar da transmissão. Ela mora no Paraná e faz acompanhamento no hemocentro estadual. “A falta da informação sobre a doença falciforme me fazia sofrer mais ainda, então em 2016 eu comecei a gravar nos vídeos no YouTube contando a minha experiências, passando o meu olhar enquanto paciente para dividir esse conteúdo e atingir outras pessoas. De lá pra cá, não parei mais”, relembra.
Atualmente, Bruna participa também de eventos com profissionais da Saúde para relatar a perspectiva do paciente e de como o olhar humanizado é importante no tratamento. Ela ressalta, ainda, a importância da informação para o atendimento precoce. “Eu nunca tive vergonha de falar desse assunto, porque quando eu recebi meu diagnóstico, meus pais não tinham quase nenhuma informação e eu me senti com esse propósito de vida: não deixar a doença falciforme ser invisível. A informação ajuda no autocuidado, em cobrar um atendimento humanizado, justo e que a gente tenha os nossos direitos preservados”.
O Hemoce atende cerca de 500 pessoas com a doença falciforme em todo o Ceará. Os pacientes são acompanhados por uma equipe multidisciplinar composta por hematologistas, enfermeiros, assistentes sociais, ortopedista, psicólogo, nutricionista, odontólogo, fisioterapeutas, além de profissionais de outras especialidades.
Doença Falciforme
A doença falciforme é hereditária e provoca má formação nas hemácias (glóbulos vermelhos). “As células normais são arredondadas e maleáveis. Com as alterações, essas células passam a ter um formato de meia lua ou foice, impedindo a circulação de sangue e oxigênio para tecidos e órgãos, causando várias complicações”, explica a hematologista Fernanda Benevides.
Os principais sintomas são: dores nas articulações, anemia, olhos amarelados, atraso no desenvolvimento e crescimento infantil, inchaço nos punhos, tornozelos, além de aumentar o risco de infecções e AVC.
A principal forma para diagnosticar a doença é por meio do teste do pezinho, que é realizado logo nos primeiros dias de vida das crianças. Outra forma é o exame de sangue eletroforese de hemoglobina, que é realizado em crianças com mais de seis meses e em adultos.
Serviço
Hemoce: sintomas e tratamento da doença falciforme
Data: quinta-feira (17)
Horário: a partir das 14h
Acesse o canal do YouTube do Hemoce