Dengue não é contagiosa e pode ser confundida com Covid-19; conheça sintomas e hábitos de prevenção
21 de junho de 2021 - 13:54 #como prevenir a dengue #coronavírus #Covid-19 #dengue #Saúde Ceará #Sesa
Suzana Mont'Alverne - Ascom Sesa - Texto
Fabio dos Santos - Artes Gráficas
Algumas doenças possuem sintomas semelhantes. A dengue, por exemplo, pode ter características clínicas iniciais parecidas com as da gripe, de resfriado ou até mesmo de Covid-19. Com isso, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) busca constantemente orientar a população sobre a necessidade de prevenção contra o vetor, o mosquito Aedes aegypt, e a atenção aos sintomas de alerta da patologia.
Os sintomas iniciais da dengue são variáveis, mas é comum que o paciente apresente febre, em um período de dois a sete dias, comumente associada à dor de cabeça, adinamia (fraqueza muscular), dores nas articulações e dor nos olhos. Manchas na pele também são indícios da contaminação. A doença pode ainda evoluir, por isso é fundamental ter conhecimento sobre os sinais de alerta da doença.
Ao perceber os sintomas, a pessoa deve buscar uma Unidade Básica de Saúde (UBS). “A identificação precoce possibilita intervenção rápida para evitar que o paciente desenvolva um quadro crítico da doença”, explica Tânia Mara Coelho, médica infectologista e diretora técnica do Hospital São José (HSJ), unidade da Sesa.
A profissional complementa sobre a importância da orientação dos profissionais com relação aos sinais de alerta. “Os médicos devem deixar clara a importância do retorno à unidade dos pacientes diagnosticados com dengue, principalmente entre o 3º e 7º dia da doença”.
O agravamento da arbovirose pode ocasionar complicações diversas, sendo algumas severas. “A piora do quadro pode ocasionar hemorragias graves e disfunção de outros órgãos. Há risco, inclusive, de afetar o coração, causar insuficiência hepática e, em menores casos, insuficiência renal aguda”, reforça a infectologista.
Crianças e gestantes
Nos pequenos, a dengue pode ser assintomática ou com um quadro febril, o que pode dificultar o diagnóstico. “Na criança, a dengue surge como qualquer outra virose, adinamia, onolência, vômitos, diarreia, etc. O acompanhamento médico deve ser buscado, inclusive para indicação de exames laboratoriais quando necessário”, orienta Coelho.
Os sintomas nas gestantes são os mesmos apresentados nos adultos, com a ressalva de que nelas os cuidados com o sangramento são maiores. “Há um risco aumentado para aborto e baixo peso do bebê ao nascer”.
O diagnóstico das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti – dengue, zika ou chikungunya – é feito com exame de sangue.