Círculo de diálogos debate demandas e políticas públicas para povos originários e comunidades tradicionais

7 de julho de 2021 - 10:30 # # # # # # # #

Ascom SPS

Para ouvir os povos de terreiro, indígenas, quilombolas, movimento negro, comunidades pesqueiras e povos ciganos, a Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), através da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para Promoção da Igualdade Racial (Ceppir), inicia nesta quinta-feira, 8 de julho, às 17h, o Circulo de Diálogos sobre Nós. A roda de conversa vai acontecer nos meses de julho e agosto. Os encontros serão feitos em plataforma virtual e são direcionados a lideranças de cada grupo participante.

“Nós convidamos as lideranças, grupos organizados e pessoas que atuam dentro destas comunidades para compartilhar suas experiências e trazer suas demandas para estas rodas de conversas, que estão em formato diferente, mas seguem acontecendo para que possamos elaborar políticas públicas que contemplem cada um destes povos”, destaca a coordenadora da Ceppir, Martír Silva.

Egbomi Evelane Farias é presidente da Associação Afro-Brasileira de Cultura (ALAGBA) e vai participar da primeira roda de conversa que é sobre os povos de terreiro. “Nós precisamos de respeito, infelizmente, em pleno século XXI. Nós, povos de terreiro, seguimos sofrendo perseguições, questionamentos invasivos e muito racismo religioso. Esse vai ser um momento importante para que possamos apresentar à Ceppir quais as nossas demandas e também quais as nossas expectativas em relação às políticas públicas para o nosso povo”, pontua Evelane Farias.

“Nestes encontros, que acontecerão sempre às quintas-feiras, às 17h, vamos dar visibilidade às pautas dos povos tradicionais e ouvir o que eles têm a dizer”, frisa Ceiça Pitaguary, que além de liderança indígena é coordenadora da Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Ceará (Fepoince) e assistente técnica da Ceppir. “Nosso intuito é entender como e quais políticas públicas a Ceppir deve desenvolver para que atenda as demandas destas comunidades, e para que possamos enquanto sociedade desenvolver uma cultura de paz e respeito entre as diferentes culturas”, explica Ceiça, lembrando que a ideia é construir, sobretudo, um Ceará sem racismos.

Liderança na comunidade quilombola de Caetanos, em Capuan, Caucaia, Cristina Quilombola afirma que estes círculos de debates são ancestrais entre os povos tradicionais e os fortalecem enquanto coletividade. “Aqui, nós somos nove comunidades quilombolas reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares. Para nós estes diálogos são muito importantes, no sentido de que possamos ouvir a nossa própria fala e entender a potencialidade dos nossos diante dos diálogos que serão desenvolvidos”, conclui Cristina Quilombola.

Programação

8/07 – Povos de Terreiro, às 17h
15/07 – Povos Indígenas, às 17h
22/07 – Povos Quilombolas, às 17h
29/07 – Comunidade pesqueiras, às 17h
5/08 – Povos Ciganos, às 17h
12/08 – Movimento Negro, às 17h