Dia do Motociclista: SSPDS compartilha histórias do policiamento com motocicletas no Ceará

27 de julho de 2021 - 12:46 # # # # # # # # #

Ascom SSPDS - Texto, Foto e Vídeo

Uma homenagem à liberdade. É esta a sensação que todos que utilizam motocicletas, independente de utilizá-las para o trabalho ou para o lazer, comemoram hoje. Em homenagem ao Dia do Motociclista, neste 27 de julho, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) apresenta histórias de profissionais de segurança, nas mais diversas missões pelas estradas cearenses, que usufruem da versatilidade e da liberdade de um veículo de duas rodas.

A data celebra, ainda, tudo aquilo que a motocicleta proporciona ao condutor: histórias, experiências, rapidez e a sensação de liberdade. Por isso, a SSPDS conta um pouco sobre a origem desta data, e percorre o uso dessa modalidade no policiamento ostensivo no Ceará. A Polícia Militar do Ceará (PMCE) dispõe do apoio de motocicletas no Policiamento Ostensivo Geral (POG), no Comando de Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio), no Batalhão de Polícia do Meio Ambiente (BPMA), no Batalhão de Polícia de Trânsito Urbano e Rodoviário Estadual (BPRE), no Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur) e nos 25 Batalhões da Polícia Militar do Estado.

História do motociclismo na Polícia Militar

A história do motociclismo na Polícia Militar iniciou em 1930, no estado de São Paulo, com a realização de escoltas nas ocorrências de incêndios do Corpo de Bombeiros. Anos mais tarde, em 1972, o Ceará deu início ao patrulhamento de motocicletas por meio das escoltas de autoridades do Estado. Graças à facilidade de acesso a locais de forma mais ágil e precisa, nasceu o primeiro Pelotão de Motocicletas no 5º Batalhão de Polícia Militar (5º BPM), no ano de 1997.

Em 2004, com a modernização da Polícia Militar do Ceará, surgiu a maior unidade operacional de policiamento em motocicletas do Brasil: à época, o então Batalhão de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio) da Polícia Militar do Ceará (PMCE). Em 2019, a unidade que se tornou o Comando de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio), e hoje, com 16 anos de atuação, o CPRaio conta com 44 bases fixas instaladas no Estado, um efetivo de mais de 2.400 policiais militares, uma frota de mais de 1.500 motocicletas e cerca de 100 viaturas, sendo uma das principais ferramentas de campo no combate à criminalidade em solo cearense. Todo esse aparato de profissionais e equipamentos tem como objetivo reforçar as ações de patrulhamento e abordagem em áreas urbanas e rurais do Estado.

“O CPRaio utiliza a motocicleta, entre elas o modelo CRF 1100L Africa Twin, como meio de condução dos policiais militares, principalmente, nas ações ostensivas em centros urbanos. Ao longo de sua existência, o comando acumula resultados positivos no combate às ações criminosas e na realização de abordagens. Em virtude disso, temos a versatilidade da motocicleta no atendimento de ocorrências, em razão da facilidade que esse tipo de veículo tem”, explica o coronel Márcio Oliveira, fundador do CPRaio e comandante-geral do Polícia Militar do Ceará (PMCE).

Raianos na estrada

Nascido em 2004, o então grupamento Raio contava com 16 policiais militares que patrulhavam os bairros da Capital cearense em oito motocicletas modelo Honda NX4 Falcon, com motor de 400 cilindradas. No ano de 2011, com um efetivo de pouco mais de 200 policiais, a unidade mudou de patamar na estrutura organizacional da PMCE, sendo elevada à condição de companhia independente. No ano seguinte, em 2012, devido ao resultado positivo alcançado em sua atuação, a unidade foi novamente reestruturada, passando a se chamar Batalhão de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas, por força da Lei Estadual nº. 15.133. Ao longo de seus primeiros anos de existência, o Raio se destacou de maneira crescente e expressiva no combate à criminalidade e rapidez das ações ostensivas.

“Desde 2016, quando ingressei no CPRaio, adquiri um respeito e admiração pelo trabalho desenvolvido por esse comando. Quando tive a oportunidade de fazer o curso, iniciei os trabalhos com motocicleta, depois na equipe de instrução e na equipe de Pilotagem 1. Trabalho com a minha paixão, a moto. Durante as folgas não abandono a motocicleta, realizo trilhas, utilizo um modelo apropriado para trilhas, consigo conduzir locais de areia frouxa com dunas, serra, os mais diversos terrenos, sempre tentando evoluir na pilotagem. O amor pelas motos surgiu pela sensação de liberdade, principalmente, para quem gosta de algo mais dinâmico como road ou off-road”, explica o tenente Breno Timbó, do Comando de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio).

Atuação das motocicletas em outros batalhões

Em 1969, a gestão do trânsito ficou a cargo da Polícia Militar do Ceará (PMCE), e a companhia passou a chamar-se Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran). Anos depois, em 1983, transformou-se em Companhia de Policiamento Rodoviário (CPRV). Em 2012, houve a criação do Batalhão de Policiamento Rodoviário Estadual (BPRE). Em 2019, com a reestruturação da PMCE, ocorreu uma mudança na sigla, passando a ser chamado Batalhão de Polícia de Trânsito Urbano e Rodoviário Estadual (BPRE) contando com o apoio do patrulhamento de motocicletas do Grupo Tático Rodoviário (GTR) .

“O BPRE atua nos 184 municípios do Estado, com apoio do patrulhamento de automóveis e motocicletas para garantir a segurança dos cidadão cearense que trafegam pelas rodovias estaduais. Com as motocicletas, temos o apoio do Grupo Tático Rodoviário (GTR) que atua na fiscalização do trânsito nas rodovias estaduais do Ceará”, explica o tenente Henrique Carvalho, chefe de operações do BPRE.

Com uma movimentação maior de pessoas nos espaços públicos da Capital e no litoral cearense, a Polícia Militar conta com o Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur). O batalhão especializado atua no destacamento em toda a orla do Estado, que vai desde Camocim à Icapuí. Em Fortaleza e na Região Metropolitana, o BPTur tem postos de apoio no Aeroporto Internacional de Fortaleza – Pinto Martins, no Terminal Rodoviário Engenheiro João Thomé, na Avenida Beira Mar, na Praia do Futuro, no Porto das Dunas (Aquiraz) e no Cumbuco (Caucaia). O policiamento ostensivo atua em quatro modalidades: motopatrulhamento, ciclopatrulhamento, veículos 4×4 e rondas a pé.

“O BPTur atua com apoio de motocicletas em toda a orla marítima. Na Região Leste realiza o patrulhamento em Icapuí, Aracati, Praia das Fontes (Beberibe) e Canoa Quebrada (Aracati). Já na Região Oeste, contempla Jijoca de Jericoacoara, Icaraizinho de Amontada, Praia da Baleia (Itapipoca) e Camocim”, explica o tenente-coronel da PMCE, Roberto Rodrigues de Lima, comandante do BPTur.

Amantes de duas rodas

“Sou um apaixonado por motocicleta. Desde 1997, quando ingressei no Pelotão de Motocicletas da PMCE, minha paixão por motos aumentou. Quem gosta desse tipo de veículo sabe a sensação de liberdade, facilidade e rapidez que a moto proporciona. Porém, os motociclistas sempre precisam ficar atentos, respeitando as normas de trânsito e limites das vias, conduzindo o veículo com segurança e utilizando sempre o capacete”, ressalta o coronel comandante-geral, Márcio Oliveira.

Motocicleta, moto ou motociclos, não importa a forma como o veículo é chamado. Para quem se locomove em duas rodas, sabe que existem alguns itens que justificam a paixão por motocicletas, como a liberdade, fazer amigos, troca de experiências e mobilidade no trânsito.

“Nosso trabalho integra atuar na região do Centro da Capital com rondas ostensivas. Posso dizer que trabalho com o que amo. Pilotar uma moto é mais que uma paixão. E trabalhar com ela, além do dinamismo e da rapidez, proporciona uma grande sensação de liberdade”, ressalta o tenente Matheus Cavalcante, da PMCE.

Motoqueiro e motociclista?

A palavra “motoqueiro” foi adotada a partir de campanhas publicitárias que exibiam pessoas com mau comportamento no trânsito. O nome tornou-se pejorativo e traz, até hoje, discussões entre os amantes das duas rodas.

O motociclista é o piloto, que geralmente compartilha a paixão com grupos chamados de motoclubes. Esses grupos são formados por pessoas que compartilham a mesma paixão: as motocicletas.

Dia do Motociclista

O dia do motociclista é em homenagem póstuma a Marcus Bernardi, motociclista e mecânico da Honda, falecido em 27 de julho de 1974. Desde 1984, a data é celebrada oficialmente.