Educação Infantil: Guia Estratégico norteia ações para o acolhimento no contexto híbrido

6 de agosto de 2021 - 12:06 # # # # # # #

Ascom Seduc - Texto

A Secretaria da Educação (Seduc) lançou, nessa quinta-feira (5), em solenidade virtual transmitida pelo Youtube, o Guia Estratégico para implementação do Contexto Híbrido e retorno ao presencial na Educação Infantil: vínculo escola-família. O documento tem como objetivo nortear ações de diretores, coordenadores e professores para o acolhimento de bebês e crianças nas creches e pré-escolas. A ação é desenvolvida por meio da Coordenadoria de Educação e Promoção Social (Coeps) da Seduc.

Acesse o Guia Estratégico

Estiveram presentes no evento de lançamento o secretário executivo de Cooperação com os Municípios, Márcio Brito; a presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-CE), Luiza Aurélia Teixeira; a coordenadora de Cooperação com os Municípios para Aprendizagem na Idade Certa (Copem), Bruna Leão; a coordenadora da Coeps, Aparecida Prado; o cientista-chefe da Educação, professor Jorge Lira; e a consultora da Coeps, Ana Maura Tavares. O diálogo foi mediado pela orientadora da Célula de Apoio e Desenvolvimento Social da Coeps, Aline Matos.

O documento foi construído por técnicos educacionais da Célula de Apoio e Desenvolvimento da Educação Infantil. Márcio Brito ressalta que o Guia contempla diversos aspectos, tanto conceituais como práticos, ao tempo em que também aponta para sugestões de rotinas.

“É mais um instrumento, entre tantos outros, construído de forma conjunta e colaborativa com os municípios cearenses. Esse suporte é fundamental para que possamos retomar algo que o Ceará tem conquistado nos últimos anos, que é a redução das desigualdades na aprendizagem e a garantia das melhores condições de ensino. Que possamos, neste segundo semestre, reabrir as nossas escolas com total segurança sanitária, retomar as nossas atividades presenciais e, assim, assegurar às nossas crianças as melhores condições pedagógicas, para que possam se desenvolver com qualidade e prosseguir os estudos conquistando as aprendizagens adequadas na idade certa”, avalia.

Equidade

O Governo do Ceará vem somando esforços, via regime de colaboração, a fim de promover o desenvolvimento integral das crianças cearenses, em especial daquelas em situação de extrema vulnerabilidade. Para a Seduc, garantir os direitos de aprendizagem das crianças e promover equidade nas ações de retorno ao presencial e implementação do contexto híbrido são algumas das ações prioritárias.

Aparecida Prado salienta que a construção do material buscou seguir parâmetros de eficiência e segurança. “Esse nome ‘estratégico’ foi utilizado, justamente, porque gestores e professores irão encontrar orientações práticas e sistemáticas, tanto para creches, como para Centros de Educação Infantil (CEIs) e escolas. O Guia norteia ações na rede de forma responsável, sugerindo uma agenda de atividades para o educador, e ao mesmo tempo proporcionando autonomia aos municípios para adaptá-lo ao seu contexto local”, explica.

Luiza Aurélia Teixeira destaca que os educadores serão beneficiados com a iniciativa. “Todos nós estávamos esperando pela retomada das aulas presenciais. E é muito bom fazer isso sabendo que temos instrumentais. A Seduc tem uma equipe robusta, que se preocupa, estuda e é qualificada para produzir esses materiais, que dão subsídios ao nosso trabalho nos municípios. O Guia aponta soluções, trata sobre questões pedagógicas e de acolhida”, observa.

Vínculos

Bruna Leão lembra que a educação cearense em nenhum momento parou durante o período da pandemia, mas que uma nova fase está sendo iniciada. “Este é um marco para a educação infantil. O contexto híbrido é um momento de transição e há um cuidado em relação ao retorno seguro. Recentemente, quando aplicamos avaliações no Ensino Fundamental, percebemos, ainda mais, o quão caro é o espaço da escola para os nossos alunos. Existe no Guia o cuidado em incentivar a manutenção dos vínculos com as famílias, que foram as nossas grandes parceiras durante o momento de distanciamento social e nos ajudaram a ressignificar o espaço escolar”, considera.

Ana Maura Tavares esclarece que o Guia foi pautado pelas medidas normativas em vigor e pela concepção das múltiplas possibilidades de desenvolvimento da criança. “As redes municipais ansiavam por este documento. Pisamos, há um bom tempo, em um terreno de incertezas. Mas, a articulação que fomos aprendendo a estabelecer ao longo dos tempos possibilitou que chegássemos a este resultado. O documento traz a possibilidade de refletirmos sobre o planejamento, a organização, o acompanhamento, o diagnóstico e a avaliação, envolvendo diversos atores, como profissionais, famílias e crianças, no cenário do retorno presencial”, pontua.

O cientista-chefe da Educação, Jorge Lira, classifica o documento como uma ferramenta precisa de diagnóstico e de intervenção na rede. “Temos um marco imenso de políticas públicas no Ceará que se revelam como um diferencial no Brasil. O Guia vem na direção de transformar todos esses movimentos, programas e projetos em algo que chegue à escola de forma unificada, focada no currículo e nas práticas pedagógicas. Isso possibilitará uma retomada vigorosa da aprendizagem desde a educação infantil”, projeta.