De pai para filho: duas gerações na segurança pública do Ceará

9 de agosto de 2021 - 11:45 # # # # #

Ascom SSPDS - Texto

A experiência de vida e a postura de um pai é inspiração, em muitos casos, para nortear o futuro do filho. Além da semelhança física, o sobrenome, os valores e o comportamento paterno moldam a outra geração e podem definir, até mesmo, a profissão do filho. Nas Forças de Segurança do Ceará, os delegados da Polícia Civil do Estado do Ceará, Felipe e Rita Porto, o soldado da Polícia Militar do Ceará, Lucas Costa, o médico legista da Perícia Forense do Estado do Ceará, Daniel Simão, e o tenente-coronel Goiana Melo, do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, são exemplos disso.

Tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE), Valdenio Goiana Melo conhece a corporação desde o nascimento, graças ao pai, o 1º sargento Valdenir Goiana. “Sou filho de um bombeiro, mas minha família está presente na corporação desde 1949”, revela. “O meu pai é um referencial na minha escolha e eu admiro esse zelo e amor pela profissão, que ele sempre demonstrou. Lembro que durante a minha infância e juventude, ficava separado do pai durante parte do dia. Mas quando ele retornava, fazia uma narrativa das ocorrências e das vidas que foram salvas. Essa narrativa fazia com que eu me encantasse por aquele cotidiano do Corpo de Bombeiros. Eu começava a me incluir naquele cenário, me imaginava ajudando a apagar os incêndios junto com o meu pai. Ele é um herói e me inspira a ser um bom profissional e um bom pai”, relata, emocionado.

A referência paterna, conforme pesquisa realizada por uma rede social de negócios em 2019, influenciou na escolha da profissão de 26% dos filhos entrevistados. Embora não tenha participado da pesquisa, o soldado Lucas Costa, do Comando de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio) da Polícia Militar do Ceará (PMCE), concorda com a influência do pai sobre a escolha da profissão e lembra que, ao longo da infância e adolescência, acompanhou, com muita admiração, o empenho do pai, o subtenente Antônio Costa, na PMCE. “A minha admiração pela polícia não foi adquirida por personagens ou filme de ação. Esse interesse surgiu através do meu pai. Passei a infância toda vendo ele chegar em casa, bem equipado e contando seus feitos, das suas ações em defesa de pessoas carentes. Com o trabalho dele e de outros policiais, o braço do Estado alcançou quem mais precisa. Então, quando tive a oportunidade de entrar na corporação, fiz o concurso, sempre apoiado por ele. Desde então, já atuamos juntos em várias missões, é uma das melhores experiências da minha vida”, comemora o militar.

O médico legista, Daniel Simão, atua na Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce). A admiração pela profissão começou na infância, quando acompanhava a rotina do pai, também médico legista, Francisco Simão. “A minha principal função era levar a maleta dele e a máquina fotográfica”, lembra o filho, rindo da situação. Ele completa que, com a maturidade, tudo que viu e ouviu na infância, formou seu caráter profissional. “Muita coisa que faço hoje na minha rotina como perito legista, são coisas que aprendi com meu pai. Desde as redações dos laudos até a produção de uma foto com boa qualidade. Até hoje, peço conselhos e sinto que sempre aprendo mais”, diz.

Os delegados Rita e Felipe Porto convivem com a Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) desde a infância. Irmãos, são filhos do delegado Francisco das Chagas Porto, e pontuam que o pai não é somente a referência na escolha pela profissão, mas o espelho de conduta ética e humana para atuar em defesa da segurança do povo cearense. “Meu pai sempre nos mostrou a importância do estudo e acompanhava a nossa rotina, da infância até o concurso da Polícia Civil. Ele sempre fez questão de levar os filhos às delegacias em que atuava, eu conversava com os policiais, e de alguma maneira, me ambientava. Então ele sempre foi meu maior exemplo e me inspirou na profissão e eu só tenho a agradecer pela dedicação. Hoje eu sou mãe e sinto o quanto ele teve que abdicar e se dedicar para cuidar da família”, diz a delegada. “Meu pai é minha referência por ter mantido todos os seus princípios e ideias durante o exercício da atividade policial. A perspicácia, o caráter e, principalmente, a vibração dele na luta contra o crime, transbordaram e atingiram a mim e minha irmã, pois desde a infância vivenciávamos esse sacerdócio de autoridade policial. Não tínhamos como ter outra profissão”, completa o irmão, o delegado Felipe Porto.

Dia dos Pais

Comemorado em todo o mundo em períodos diferentes ao longo do ano, o Dia dos Pais é celebrado no Brasil desde 1953, sob criação do publicitário Sylvio Bhering. No primeiro ano, a celebração aconteceu em 16 de agosto, mas nos anos seguintes, a data passou a ser festejada no segundo domingo do mesmo mês, tal qual o Dia das Mães, em maio. Nos Estados Unidos, a comemoração aconteceu pela primeira vez em junho de 1910.