Combate aos focos do Aedes aegypti deve ser reforçado para evitar dengue, zika e chikungunya
16 de agosto de 2021 - 12:30 #Acesso À Saúde #Aedes Aegypti #chikungunya #Cuidados #dengue #Sesa #zika
Suzana Mont'Alverne - Texto
Ascom Sesa
Fabio dos Santos - Arte gráfica
Preto, com listras brancas no dorso, cabeça e nas penas, com asas translúcidas e ruído inaudível ao ser humano. Estas são as características do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Garantir que a propagação das doenças seja a menor possível é dever de todos. Por isso, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) indica os cuidados para conter as endemias.
O mosquito gosta de água limpa e parada. Você sabe o que fazer se encontrar os focos do Aedes aegypti? Algumas estratégias de controle são fundamentais para evitar o desenvolvimento do vetor das arboviroses. “Manter caixas, tonéis e barris de água tampados, não deixar a água da chuva acumular sobre a laje e pratinhos de planta e não jogar lixo em terrenos baldios são algumas das precauções”, indica Luiz Osvaldo, orientador da Célula de Vigilância Entomológica e Controle de Vetores da Sesa.
O profissional afirma, ainda, que vistorias semanais na residência, em áreas internas e externas, como o quintal, devem fazer parte da rotina. “Com base no ciclo biológico do vetor, que tem duração em torno de oito a dez dias, recomenda-se fazer uma vistoria no mínimo uma vez por semana em casa”.
O uso de inseticidas também é uma opção de cuidado, mas o orientador explica que o produto elimina apenas o mosquito adulto e não as larvas. “O produto químico não tem atividade contra os ovos do inseto. Para remoção dos ovos do mosquito, recomenda-se lavar e passar uma escova nas bordas dos recipientes”.
Sobre o uso de repelentes, Osvaldo afirma que o produto é recomendado desde que tenha registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele pondera também o uso de outros itens, como borra de café. “Não há evidências científicas para sua recomendação no controle do mosquito”.
Diagnóstico e tratamento
Para além dos cuidados com a prevenção, a Sesa incentiva o conhecimento sobre as endemias. As doenças têm sintomas similares e há casos, inclusive, de diagnóstico duplo. “Há o caso de exames com dois diagnósticos de dengue e zika ou dengue e chikungunya, devido à reação cruzada”, exemplifica. Diante de qualquer manifestação, a recomendação é buscar uma unidade de saúde.
As doenças apresentam risco para todos. A zika, no entanto, torna-se mais perigosa para gestantes “devido à relação de casos de microcefalia em bebês”, pontua. “A dengue tipo 2 é perigosa para adultos e crianças, mas, no caso das crianças, há relatos de maior gravidade por causa desse sorotipo”, continua. A confirmação do diagnóstico é feita com exames laboratoriais, como o hemograma, isolamento do vírus e exames bioquímicos.
Após diagnóstico e consulta com um profissional da Saúde, o tratamento segue com o objetivo de aliviar os sintomas como febre e dores no corpo – feito normalmente com o uso de paracetamol ou dipirona, por exemplo. Aliado aos remédios, a hidratação é fundamental. “É importante manter a hidratação e ficar em repouso para facilitar o combate ao vírus pelo organismo”.