Projeto Ampliares: residentes em Medicina Intensiva iniciam as atividades

19 de agosto de 2021 - 11:20 # # # # #

Jackson de Moura - Ascom ESO Texto
Arquivo pessoal/Divulgação ESP/CE Fotos

A médica Lara Florentino (à esquerda), optou pela vaga aberta no programa de Medicina Intensiva no HRSC, em Quixeramobim; programa Ampliares regionaliza as vagas de residências em saúde. 

Com a ampliação e regionalização das vagas dos programas de Residência em Saúde, por meio do projeto Ampliares, a médica Lara Florentino optou pela vaga aberta no programa de Medicina Intensiva no interior do Ceará. “Minha escolha pelo Hospital Regional do Sertão Central foi um grande desafio, já que sou natural de Fortaleza. Esta unidade, no entanto, tem uma estrutura maravilhosa e está preparada para receber o programa de residência”, justifica.

Florentino está entre os sete novos residentes em Medicina Intensiva que iniciaram as atividades este mês, após seleção da Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE) e Universidade Federal do Ceará (UFC), por meio do Apoio às Residências em Saúde (Ares).

Além do HRSC, em Quixeramobim, os residentes selecionados foram lotados em Juazeiro do Norte, no Hospital Regional do Cariri (HRC), e na Capital, nos hospitais Geral Dr. César Cals (HGCC) e Geral de Fortaleza (HGF). Apesar de ser realizado periodicamente a cada fim de ano, o processo seletivo foi realizado antes em caráter extemporâneo, ou seja, excepcionalmente, em decorrência da pandemia de Covid-19.

“O programa de Residência em Medicina Intensiva foi uma das áreas de atuação extremamente necessárias para assegurar o processo de enfrentamento da Covid-19. Quando se fala sobre abertura de UTIs [Unidades de Terapia Intensiva], é necessário ampliar a formação de médicos intensivistas com a capacidade de diagnosticar, monitorar e estabilizar pacientes críticos”, destaca Alciléa Carvalho, supervisora do Centro de Residência em Saúde da ESP/CE.

O médico intensivista é o responsável por cuidar de pacientes gravemente enfermos ou com alto grau de dependência de cuidados. 

Liderando uma equipe multidisciplinar que atua em UTIs, o médico intensivista é o responsável por cuidar, em todos os aspectos, de pacientes gravemente enfermos ou com alto grau de dependência de cuidados. “Temos demanda reprimida desses profissionais. Por isso, ampliar a formação do intensivista, abrir um maior número de vagas de residência, só vai trazer benefícios tanto para a sociedade como para a área médica”, frisa Zilfran Teixeira, presidente da Sociedade Cearense de Terapia Intensiva.

Ampliares

O programa Ampliares tem a meta de alcançar cobertura das cinco Regiões de Saúde do Ceará com a formação de residentes em Saúde. O projeto é uma parceria entre Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e ESP/CE. A ideia é fortalecer a rede de atenção, de acordo com as necessidades regionais, por meio da qualificação da formação de profissionais residentes.

“Além de estarem contribuindo para a Saúde da região, atendendo os pacientes por meio de um programa de residência que já traz esse impacto positivo, a proposta é que os profissionais fiquem na região, contribuindo com a assistência local“, afirma Leonardo Miranda Macêdo, presidente da Comissão de Residência Médica (Coreme) – Sertão Central.

Enquanto programa de residência médica, o Ampliares funciona como um treinamento em serviço. A iniciativa engloba também outras especialidades, como Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria, Neonatologia, Medicina de Emergência, Medicina de Família e Comunidade (MFC), Psiquiatria, Clínica Médica, Cirurgia Geral e Cardiologia. Os residentes são acompanhados por um grupo de supervisores e preceptores também orientados pela ESP/CE.