Elmo 2.0: pesquisas para aprimorar dispositivo seguem em curso no Ceará
7 de outubro de 2021 - 16:05 #Capacete Elmo #Covid-19 #inovação #respiração assistida #Sesa
Elon Nepomuceno - Ascom ESP/CE Texto e Fotos
Teste de usabilidade do sétimo protótipo do novo projeto ocorreu no laboratório da ESP/CE
Com a propriedade de reduzir em 60% a necessidade de internação em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o capacete de respiração assistida Elmo receberá adaptações. Desde o último mês de abril, está em desenvolvimento o projeto 2.0 do dispositivo. A força-tarefa conta com pesquisadores, especialistas e técnicos de instituições dos setores público e privado.
O grupo busca otimizar o monitoramento dos pacientes a partir da implantação de sensores e alertas ao produto. Nessa quarta-feira (6), mais um teste de usabilidade do novo acessório foi realizado no Laboratório Elmo da Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE), vinculada à Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). A atividade foi coordenada pelo professor do curso de Ciências da Computação da Universidade de Fortaleza (Unifor) e coordenador do projeto Elmo 2.0, Daniel Chagas. Na ocasião, os participantes tiveram de avaliar e registrar em formulário os aprimoramentos indicados para o protótipo.
“Nós estamos trazendo um conjunto de sensores para apoiar as equipes de saúde no acompanhamento dos pacientes com o Elmo. Antes, isso era feito de forma visual, a partir de métodos já estabelecidos. Agora, a ideia é concentrar essas informações num minicomputador. Esses dados, que são registrados também para pesquisa, vão trazer não só uma facilidade do trato dos profissionais de saúde com os usuários, mas informações sobre a ‘elmoterapia’ em geral. É um grande avanço para o enfrentamento à Covid-19″, explica Chagas.
O projeto 2.0, financiado pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) e pelo Grupo Edson Queiroz, tem data de conclusão prevista para o segundo semestre de 2021.
Outros testes
Além do teste de usabilidade aplicado para os profissionais da Saúde envolvidos no projeto, os protótipos são utilizados em voluntários saudáveis convocados pelos pesquisadores, como forma de potencializar as análises. Até o momento, pelo menos 12 pessoas foram submetidas ao procedimento. A expectativa é de que, a partir do avanço dos testes, esta etapa avance também para pacientes com alguma dificuldade respiratória.
Histórico
Fruto de pesquisa e inovação no Ceará, o Elmo é um capacete de respiração assistida criado, inicialmente, para tratar pacientes com quadro leve ou moderado de Covid-19. Feito com silicone e PVC, o dispositivo foi desenvolvido para oferecer oxigênio em alto fluxo para o usuário internado. O equipamento envolve toda a cabeça do paciente e é fixado no pescoço em uma base que veda a passagem de ar.
Força-tarefa conta com pesquisadores, especialistas e técnicos de instituições dos setores público e privado
Atualmente, o capacete Elmo é utilizado em diversas unidades de saúde, tanto públicas quanto privadas, para tratar infecções pelo coronavírus e outras doenças respiratórias. Por ser um equipamento novo, a ESP/CE capacita os profissionais de saúde para o manejo do dispositivo. Mais de 1.400 profissionais já receberam a habilitação, que é oferecida de forma on-line e presencial.
O projeto é uma iniciativa conjunta entre Unifor, Universidade Federal do Ceará (UFC), Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Ceará), e Governo do Ceará, por meio da Sesa, ESP/CE e Funcap. O capacete Elmo também conta com o apoio da Esmaltec e do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH).
Ouça
A atividade foi coordenada pelo professor do curso de Ciências da Computação da Universidade de Fortaleza (Unifor) e coordenador do projeto Elmo 2.0, Daniel Chagas. Na ocasião, os participantes tiveram que avaliar e registrar em formulário os aprimoramentos indicados para o protótipo. Daniel Chagas explica as novas funcionalidades previstas para o capacete.
Segundo o professor Daniel Chagas a pesquisa está em andamento desde abril deste ano.