HGCC zera fila para espirometria, exame que investiga doenças como asma e fibrose pulmonar

21 de outubro de 2021 - 11:05 # # # # #

Wescley Jorge - Ascom HGCC Texto
Thiago Freitas Fotos

De agosto até o momento, 242 procedimentos foram realizados na unidade

Não foram mais do que dez minutos para a realização do exame de espirometria. Maria Nilda Moraes de Nojosa, 51, sentia muita falta de ar e tinha suspeita de asma. Ela foi atendida no Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC), da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), via Central de Regulação. O exame era necessário para ajudar a diagnosticar a doença.

“De uns tempos para cá, comecei a me sentir cansada. A médica solicitou o exame para ver o que estava acontecendo”, relata a paciente, que é de Trairi, cidade distante cerca de 135 km de Fortaleza. Assim que o procedimento foi finalizado, Nilda já retornou para casa com o laudo para apresentar à médica solicitante e dar seguimento ao tratamento.

Como ela, pacientes internados no ambulatório do HGCC, encaminhados pela Central de Regulação do Estado, assim como pelas Unidades Básicas de Saúde da Capital, realizam o exame tão logo seja agendado. Desde setembro deste ano, não há mais fila de espera pelo serviço. O Hospital César Cals realiza, ainda, o exame de pacientes de outras unidades hospitalares, como Santa Casa de Misericórdia e Hospital de Messejana, também da Rede Sesa.

O médico George Matos, pneumologista responsável pelo teste de função pulmonar, afirma que o exame é importante para diagnosticar e compreender o grau de evolução da doença respiratória. “A gente acompanha o paciente para ver o grau de controle, a evolução (da doença)”.

Além da espirometria, o Hospital César Cals realiza a pletismografia, que avalia o volume residual de ar no pulmão

Ele explica que a espirometria mede a capacidade respiratória em dois aspectos: volume e velocidade. No HGCC, também é realizada a pletismografia, que, além de medir o volume e a velocidade do ar que entra e sai dos pulmões, estima a quantidade de ar que fica sempre dentro do pulmão, chamada de volume residual.

É a partir desses testes que pacientes com doenças respiratórias são beneficiados com o diagnóstico e são melhor acompanhados durante o tratamento da doença. “O exame é importante para chegar a alguns diagnósticos, como asma, DPOC [doença pulmonar obstrutiva crônica], fibrose pulmonar, e para o acompanhamento de pacientes com doença reumática, em que, muitas vezes, têm acometimento pulmonar. Além da avaliação pré-operatória para, principalmente, as cirurgias de tórax e do abdômen superior, que requerem uma capacidade respiratória mínima, evitando problemas relacionados à anestesia”, detalha Matos.

Desde agosto deste ano, o HGCC oferece até 200 vagas mensais para a realização de espirometria. Neste período, até o dia 20 de outubro, foram realizados 242 exames. A equipe que realiza o teste é multiprofissional, composta por médico pneumologista, fisioterapeuta, enfermeiro e técnica de enfermagem.